sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Nova Fanfic

Voltei mais cedo do que esperavam, não é ? hahaha Enfim, vim deixar aqui pra vocês o link do novo blogger e talvez hoje mesmo, eu começo a postar. Não consigo ficar sem vocês :x Beijos e continuem comigo em mais essa!
Fanfic

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Agradecimentos


Oi ! Tô aqui de novo pra mais um "até logo", não vou parar de escrever, não consigo :x haha Queria agradecer vocês por terem me acompanhado mais uma vez, em mais uma história e queria agradecer mais ainda, pelos comentários críticos que teve essa história, sério, é muito bom qualquer tipo de comentário e eu gosto da sensação que a fanfic causa em vocês, é sinal de que estão se envolvendo e sentindo bastante a história, não é? Eu amei escrever essa história também, amei as novas pessoas que não param de entrar no grupo. Tem muita gente. Amei tudo e espero que tenham gostado também. Só peço que não me abandonem, porque vou continuar nessa estrada com vocês. Quando eu postar o primeiro capítulo da próxima fanfic, eu ainda não sei quando vou postar o primeiro capítulo, mas quando estiver tudo certo eu vou postar o link do novo blogger aqui e no grupo da fanfic,que continuará sendo o mesmo, só vou trocar o nome para o da nova fic. Esse aqui >Grupo da fanfic < Lá eu aviso dos capítulos, podem comentar por lá, me perguntarem as coisas, enfim, quem ainda não participa, vai lá haha E vou ver se falo algumas coisas da nova fanfic, antes de começar a postar. Já sabem, não é ? Muito obrigada por tudo e pelo carinho que tenho no grupo e podem me adc no face a vontade, que eu aceito todas, viu ? Confesso que esse final foi o que eu mais gostei e o que mais me emocionou, não sei vocês. Tomara que a maioria, pelo menos, tenha gostado e obrigada quem ficou comigo até esse final, de verdade, viu ? Sei que não queriam que a história acabasse, eu também não, mas minha mente é uma coisa louca, chega em um ponto de uma história, que ela para, entendeu? Minha criatividade falha pra história, porque eu sinto que já aconteceu tudo que tinha que acontecer, rs. E quem não gostou do final e continuou com a mesma opinião que a história tinha ficado e iria terminar ruim, por causa de uma parte, paciência! E a gravidez na adolescência, quis fazer, pro final fazer mais sentido. Eu acho que vocês entenderam tudo que eu quis passar, sempre entendem porque é de coração, acreditem. A criatividade vem do coração e passa pra mente. As vezes fico o dia inteiro pra escrever cinco capítulos, mesmo sendo pequenos. Porque é tudo pensado com carinho e o melhor possível, já aconteceu de eu perder um capítulo inteiro e ter que reescrever tudo de novo e colocava na cabeça que tinha que ser ainda mais perfeito. Obrigada a quem me entende também ♥
Beijooos e até a próxima, meus anjos !
 Manoela R.

Capítulo 120 - Último


Revolvi paparicar muito minha filha, como um pedido de desculpas, por tudo que lhe fiz e porque estava manhosa demais.
Queria sempre as coisas na mão, me pedia até para a colocar para dormir, como quando era menor. Luan não achava aquilo certo e reclamava, até para sua mãe, que lhe pedia calma.
E eu nem estava ligando, queria ficar bem de novo com minha filha e estava conseguindo e adorando a idéia de um bebê para animar a casa.
Lembrei da filha do Pedro que já estava enorme, com seus sete meses, em um dia que estava assistindo tv com a Milla.
- Vamos na casa do seu irmão? – Falei, ela comia como sempre.
- Do nada?
- Vamos fazer uma surpresa e ver a Flávia. – Assim se chamava sua bebê, que era linda e muito calminha.
- Vamos! É bom que eu aprendo algumas coisas ! – Ela se levantou rápido e eu ri.
- Cuidado, filha! – Falei, antes que subisse as escadas, sua barriga estava enorme.
Depois de passarmos aquela tarde inteirinha na casa do meu filho, paparicando a pequena e até ajudando sua mãe a ver os preparativos para sua festa de um aninho, voltamos para casa quando já quase anoitecia e bem cansadas.
Minha filha dormiu, assim que tomou seu banho.
Luan voltou de viagem naquela semana e estava mais calmo que de costume. Dizia ele que se sentia melhor e mais relaxado nos palcos.
- Logo você se acostuma, amor ! – Eu dizia sempre.
Quando estava tudo em perfeita harmonia naquela casa, saia uma nota da imprensa dizendo algo sobre minha filha e a cara do Luan, se fechava de novo.
Nunca sabíamos o que os comentários saíram. Criticavam bastante, outros desejavam felicidades, mas nunca sabíamos o que estavam pensando de verdade.
As fãs do Luan, nunca julgaram, elas sempre entendiam tudo e isso não foi diferente. Mesmo com bastante gente falando mal, elas defendiam e faziam homenagens para o mais novo integrante da família.
( ... )
 Finalmente chegou o grande dia, o dia em que Débora, a filha de Milla, nasceria.
Eu e Luan a levamos para o hospital e o resto da família ficou em casa, roendo todas as unhas de ansiedade.
O parto foi normal e a menina nasceu linda, logo minha filha já estava no quarto e a enfermeira atrás com sua princesinha.
- Ela é... – Luan a olhava.
- Linda ! Não acha ? – Falei e Milla o olhou, enquanto ele ainda olhava sua neta no colo da filha. 
Esperava sua resposta atenta e com medo no olhar, já eu tinha certeza do que viria e sorria o olhando também.
- Mais que isso...Ela é perfeita ! – Enfim ele nos olhou e um sorriso lindo invadiu seu rosto.
Ouvi o suspiro de alívio da minha filha.
Depois disso ele até quis pegar a netinha, cantou para ela e até a colocou para dormir.
Saímos do hospital no outro dia mesmo, era tanta felicidade !
- Ele era loiro ? – Estava no banco de trás com Milla, que segurava e acariciava sua filha enquanto Luan dirigia.
- Quem ? – Ela me olhou.
- O pai da Débora ?
- Era ... Ela só puxou isso dele e os olhos, porque eu acho que ela se parece comigo.
- Se parece muito com você ! – Sorri.
- Que bom, não é ? – Ela sorriu amarelo.
Ainda tinha receio de tomar “naquele” assunto perto do pai, mas Luan não ligava mais para aquilo, para o nosso alívio.
- É sim...Ela parece até um pouco com o Pedro quando era desse tamainho. – Ri e acariciei os seus dedinhos.
- (risos) Não deixa aquele convencido saber. Apesar de não ser filha de sangue de vocês...
- Você é nossa filha de sangue sim e não precisa de exame pra provar...Tá vendo a Débora nasceu parecida com o Pedro. – Nós rimos.
Chegamos em casa e quando abrimos a porta , todos estavam lá, esperando Milla e Débora com uma festa surpresa.
Comemos muito naquela manhã e todos babavam a princesa, que era a coisinha mais linda.
Avistei um menino diferente conversando com o Luan e logo ele se aproximou de Milla com um buquê de flores nas mãos, ela o olhou surpresa e derrepente seu olhar ficou perdido.
Ele se ajoelhou em sua frente e tirou uma caixinha do bolso, que continha um anel dentro, a pediu em namoro, ali na frente de todos, que pareciam já saber de tudo, menos eu e minha filha, que os olhavam incrédulas.
- Até você sabia ? – Perguntei, quando Luan se aproximou sorridente.
- Sabia...Você não ? – Ele ergueu uma sobrancelha e eu espremi os olhos, o fazendo ri. – Não te contamos, com medo de contar para Milla.
- Claro que eu não iria contar.
- Vai saber, você tava fazendo todas as vontades dela nesses últimos tempos.
- Claro, Luan, ela estava grávida! – Ele me deu um selinho de surpresa e saiu rindo.
Depois de quase todos irem embora e Milla se despedir de seu mais novo namorado, que até nos disse que fazia questão de registrar Débora em seu nome, o que me emocionou, pois ele só tinha dezenove anos. 
- Ah, quanto tempo que eu não via o vovô e a tia Márcia ! – Pedro se jogava no sofá. Tinha ficado conosco.
- Pois é, meu pai anda sumido. – Me sentei ao seu lado rindo. – A tia Márcia então, nem se fala.
Olhamos para a escada e vimos Milla e Luan descendo abraçados, tinha certeza que tudo tinha voltado ao normal, como o previsto. Ela sorriu e piscou para mim, antes de se sentarem também.
- Conversaram ? – Tive coragem de perguntar.
- Conversamos e ... Não tem como eu abandonar minha princesa assim. – Luan sorriu e beijou seu rosto. – Já dei até a notícia que agora vamos focar mesmo em sua carreira ! – Ele estava visivelmente feliz.
- Assim eu fico com ciúmes, pai. – Pedro fazia graça.
- Você já é homem velho. – Luan lhe empurrava.
- Eu dou carinho pra você, meu amor. – O abracei e eles riram.
- Cadê a Debi, irmã ? – Ele perguntava Milla.
- Está dormindo e sorrindo, feito um anjo. – Ela riu e nos mostrou seu celular.
Nos apaixonamos nas fotos da princesinha acordada e depois dormindo.

 - Eu...Queria pedir desculpas ! – Milla começou a chorar do nada e todos paramos de sorrir.
- Como assim, filha ? – Perguntei.
- Eu fui tão ingrata com vocês a um tempinho atrás, só porque descobri que era dotada, isso não faz sentido. Hoje eu tenho uma filha e sinto dentro do meu coração  o verdadeiro amor de mãe, que é a coisa mais linda que já senti e...Vejo que o que fizeram por mim, qualquer pessoa não faria. Ainda mais vocês, que eram ricos, meu pai é famoso e mesmo assim toparam tudo por mim, se separaram durante meses por mim e eu te entendo, mãe, quando dizia que não queria me ver sofrer por ser adotada. – Ela limpou suas lágrimas com as mãos e voltou a falar. – Eu te entendo, porque hoje eu vejo que se fizerem algo com a minha filha, qualquer coisa, eu morro ! Vocês ficaram do meu lado esse tempo inteiro, sei que posso contar com todos para o resto da minha vida. Isso não tem preço ! Eu amo muito vocês ! – Ela se ajoelhou entre eu e Pedro e puxou Luan pela mão, nos dando um abraço apertado, muito apertado.
Depois daquele dia, finalmente nossa família voltou a ser a mesma, só que com mais uma integrante, uma linda integrante, que era muito amada por todos.
- Eu amo você e tenho orgulho da nossa família ! – Me assustei, quando Luan me abraçou por trás. Olhava o céu da área da piscina.
- Eu que amo você e te agradeço por me dar uma família assim ! Estava agradecendo por isso nesse momento !
- Nunca fui tão feliz em toda a vida, desde que te conheci.
- Então você já é feliz a um tempo, em amor ! – Rimos.
- A um bom tempo, não é ? Mas mesmo assim eu não me canso de repetir e pra mim, nunca vamos envelhecer, porque isso é só por fora, por dentro, sempre vamos ser eternos jovens, que se amam !
- E esse amor, só vai se renovar a cada dia.
- Em todos os dias de nossas vidas ! – Nos beijamos e tenho certeza de que assim como eu, Luan também estava com a sensação de dever cumprido.

“ Fim, sim, mas apenas de uma grande etapa cumprida, porque para o amor não tem fim, é além da vida, pra quem acredita ! “


                                          Manoela Ribeiro

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Capítulo 119 - Penúltimo


( Sete meses depois ... )

Depois de passados longos meses, a minha filha estava ótima, com uma barriga gigante e eu estava muito feliz com a idéia de ter uma netinha, sim, já sabíamos que era uma princesinha que viria para alegrar nossa casa.
Luan ainda estava um pouco bravo com aquilo tudo, qual pai não estaria, não é ? Mas já estava se derretendo nas ultra-sons que íamos. Quando o bebê nascesse então ele iria babar e se derreter de vez.
- Pela última vez, Milla. Quem é o pai dessa criança ? – Estávamos em mais um dia tenso naquela casa, o que não era mais raro, e Luan estava “atacado” o que também não era mais novidade nenhuma.
- Pai... – Milla gemeu. – Eu...
- Me fala de uma vez quem é esse desgraçado ?
- Luan ! Calma ! – O repreendi e ele me olhou bravo.
- Eu quero saber, não posso?
- Pode, quando ela quiser ela conta.
- Nada disso ! Ela mora aqui, é de menor e minha filha, eu tenho o direito de saber.
- Ele tem razão, mamãe. – Minha filha suspirou derrotada ao meu lado. – Ele...Já procurei saber e bom , o Micael foi embora do país.
- O que ? – A expressão de Luan piorou.
- Ele não mora aqui, estava passando só uma temporada. Nem a Lívia o conhece direito, é amigo de um primo.
- Como você faz isso com qualquer um, Milla? – Ele passava as mãos pelos cabelos e suspirava.
- Desculpa de novo. Eu estava com raiva de vocês, especialmente de ... Você, pai.
- De mim ? Agora a culpa é minha ? Era o que me faltava mesmo ! – Ele passou por nós ventando e Milla fez careta, enquanto nós o víamos o afastar.
- Mãe...
- Não liga, meu amor. O seu pai se faz de durão, mas ele está derretido pela netinha. Tenho certeza ! – Sorri e ela retribuiu, com um abraço forte.
- Eu achava que ele nunca ia querer olhar a minha filha...
- Claro que não, filha. O seu pai já a ama, assim como eu e você. Todos já  a amam, não pensa besteira !
- Será que um dia ele me perdoa ?
- Ele já perdoou , meu amor.
- Eu não acho...
- O coração dele já te perdoou, só dar um tempo para aquela cabeça dura. – Ri e ela me acompanhou.
Fomos abraçadas até a sala, Milla fez dengo naquele dia, deitou no meu colo e no final da noite teve até desejo. Tive que fazer o doce que mais gostava, só ficou pronta a torta de bombom depois das dez da noite, ela comeu tanto, que foi dormir empanturrada e no sofá mesmo. Luan a levou no colo para sua cama, reclamando, fazendo charme, ele não queria dar o braço a torcer que já estava mais calmo e até gostando da idéia de ser avô, que dizia ele ser muito novo para aquilo. Tinha que manter sua pose de durão e pai machista, mas não iria demorar para aquilo tudo cair, e seria dentro de uma maternidade, não iria demorar.
- Me dá uma idéia de nome, mãe ? – Conversava com Milla na manhã seguinte, estávamos mais próximas e aquilo era bom.
- Não faço idéia !
- Ah ! – Ela fez bico, parecido com o do Luan.
- Posso saber o que tanto vocês conversam ? – Ouvimos uma voz e me virei para porta, para olhar.
- Filho...Esqueceu de nós ? Quanto tempo ! – Pedro se aproximou e nos abraçou apertado.
Já tinha uma semana sem ir nos ver.
- Trabalho, mãe. – Ele fazia careta.
- Pode parando com isso, tem que descansar !
- Prometo tirar férias e vim aqui todos os dias, mas hoje tem que ser rapidinho como sempre. Só vim ver vocês e minha princesinha que já deve estar enorme ! – Ele colocou sua mão na barriga da irmã, que visivelmente se mexeu. – Ela gosta do titio ! – Ele se gabava.
- (risos) Seu bobo, quem não te ama ? – Milla respondeu sorridente.
- Pensei que você não me amasse!
- Que maravilha, nem brigam mais. – Ri com eles.
- Agora minha irmã já é uma mulher, mãe. Não posso mais brigar com uma mamãe de família!- Pedro fazia graça, nos fazendo rir.
- Que ótimo que pensa assim, maninho ! – Ele bagunçou os cabelos da irmã e mostraram a língua um para o outro, antes de se despedir de nós e ter que voltar para seu bendito trabalho.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Capítulo 118


- O que ? – Eu fui a única que consegui falar naquele momento.
- A moça está grávida de dois meses e terá que tomar muitos cuidados de agora em diante, principalmente por causa de sua idade também. – Suspirei, ainda não estava crendo. – Vou deixá-los a sós e se não se importar, mãe. Depois pode vir conversar comigo ?
- Claro que sim. – Sorria amarelo para ele, que saiu.
- Milla...Me diz que eu não escutei isso. – Luan falava e eu temia.
- Pai, eu não sei como aconteceu.
- Ah, mas você sabe sim !
- Me desculpa ? – Ela chorava.
- Aqui não é hora pra isso, em casa conversamos. – Eu falei.
- E vamos conversar mesmo, Milla. – Luan a olhava e o olhar da minha filha era de receio.
Chamei Luan para comer, enquanto eu conversava com o médico, não queria o deixar sozinho com ela, ainda não era o momento.
Conversei com o doutor e ele me passou todos os cuidados para tomar, por Milla ser apenas uma adolescente e sua gravidez de risco.
Fomos embora quando ela teve alta e no caminho, dentro do carro, o clima era tenso.
- Agora já pode falar. – Mal entramos em casa e Luan já falou.
- Calma, Luan. Ela acabou de sair de um hospital.
- Calma nada, Daniela. Como ela foi engravidar ? Ainda é uma criança.
- Eu não sou criança, pai e ... Aconteceu. – Ela chorava e se aproximou para me abraçar.
- É criança sim e não deveria está acontecendo essas coisas na sua vida.
- Me desculpem ? Eu não queria...Eu juro!
- Quando foi isso, minha filha?  - Perguntei.
- Na festa da Lívia.
- O que ? Naquela bendita festa ?
- Luan...
- Daniela, me deixa ! Eu quero ver o que você vai fazer agora, Milla. Você não saia para esses tipos de festas, foi só eu confiar um pouco e você me apronta, nunca mais eu confio e agora, não tem mais festas mesmo, porque você vai ficar em casa, cuidando desse bebê e eu não vou deixar sua mãe encostar a mão nele pra te ajudar ! – Ela já chorava de soluçar em meu ombro.
- Vem. – Sai a puxando até seu quarto e a deitei em sua cama.
- Mãe...
- Não precisa dizer nada, eu sei que você errou, todos erram e eu também já errei muito porque não sou perfeita. O seu pai está de cabeça quente, porque nenhum pai quer ver sua filhinha grávida, principalmente adolescente.
- Eu não queria, juro ! Foi tudo rápido demais, quando eu vi já estava no quarto com o menino, eu tirei minha virgindade com ele e me arrependi, nem pensei em camisinha, eu nem entendo muito disso.
- Tudo bem, filha. Eu to aqui com você !
- E eu confesso que ainda estava sentindo um pouco de raiva pelos acontecimentos, e principalmente pelo meu pai ter me dado aquela bronca toda, quando eu tava sofrendo. Eu não suporto isso !
- Eu sei que não, te conheço...
- Mas hoje, ele ta certo ! Eu não devia ter feito isso, eu não devia ter colocado mais esse peso nas costas de vocês, já que nem sou independente.
- Meu amor, eu estou aqui com você e seu pai também, apesar de estar nervoso agora. Seu irmão também vai te dar bronca, mas também vai te apoiar e ao contrário do que seu pai disse, eu vou te ajudar em tudo que você quiser, em tudo que for preciso ! – Ela sorriu e me abraçou muito apertado, desde que tinha descoberto que era adotada que não me abraçava daquele jeito. – Não conta nada pra ele, segredo nosso ! – Sussurrei enquanto ela ainda sorria.

Capítulo 117


( ... )

Depois de algumas semanas, Milla tinha voltando a falar o necessário com todos, ela já comia a mesa conosco também, o que já estava me aliviando, era questão de tempo para ela voltar completamente ao normal, sua fase adolescente também não estava ajudando.
- Pai, posso ir a festa da Lívia hoje ? – Ela apareceu da porta da cozinha perguntando.
Ainda estava meio brava com a “bronca” que Luan tinha dado quando teve a idéia maluca de ir embora, mas já falava com ele, ela mesmo me contou e eu fiquei feliz, por ter me contado o que estava sentindo, tinha até chorado.
- A onde vai ser? – Luan via algo para comer na geladeira.
- Na casa dela, é aqui no condomínio mesmo.
- Que horas ?
- Às oito ! – Ela revirou os olhos.
- Vai voltar que horas? – Luan a olhou.
- Não sei, pai...Por favor ! Todos vão, é aqui pertinho. – Ela implorava.
Luan me olhou e eu assenti.
- Tudo bem , te levo e depois te busco.
- Deixa eu ir com as meninas?
- Eu te levo ! – Ele disse firme e Milla saiu bufando.
A noite como o combinado, Luan foi levá-la a casa da amiga e disse que antes das duas a buscava, o que fez ela bufar como sempre.
- A Milla reclama demais, não quer voltar antes das duas da manhã? Daqui a pouco eu vou meia noite. – Ri, enquanto entrávamos em casa.
- Sua mãe uma vez me disse que você era assim também.
- Eu ? – Ele ergueu uma sobrancelha, enquanto me olhava.
- Você ! – Coloquei as mãos na cintura e nós rimos.
O abracei pelo pescoço e nos beijamos. Fomos até as escadas nos beijando e depois de pequenas “dificuldades” chegamos até o quarto. Ele me deitou na cama e veio para cima de mim, já sem camisa.
- Até que enfim uma chance ! – Ri.
- Amor...Temos filha adolescente e isso é complicado. – Luan fez careta, me fazendo ri mais. – Quando ela se casar, sair de casa...
- Nem termina, prefiro ficar na demora mesmo. – Nos beijamos entre risos.
Ele tirou minha blusa de alcinha com cuidado, beijava meu ombro e barriga devagar, deslizava suas mãos pelo meu corpo com calma e delicadeza.
Nos deitamos agarrados assim que cansamos.
- Você está mais...Romântico hoje ! – Sorri e Luan riu.
- Por acaso, eu não sou ? – Ele se fazia de bravo.
- É amor, mas as vezes esquece e hoje você lembrou direitinho.
- Como você é boba.
- Como eu te amo. – Me apoiei em meus braços para olhá-lo.
- Eu que amo...Linda ! – Ele passava suas mãos pelo meu rosto, enquanto eu sorria com meus olhos fechados, sentindo seus toques.
- Nem estou mais tão linda assim. – Fiz graça e ele riu.
- Tem razão... – Abri meus olhos e levantei uma sobrancelha. – (risos) Está muito mais !
- Seu puxa saco ! Eu sei que estou piorando.
- Não está, ainda continua...Gostosa ! – Bati em seu braço e ele gargalhou. – E não é? Eu também...
- Convencido, você... – Ele me beijou e passamos mais algumas horas ali, vimos um filme também e comemos pipoca.
Antes das duas, como o combinado, ele foi buscar nossa filha na tal festa.
- Que pontual você ! – Zombei, ainda deitada na cama, apenas de lingerie. 
Ele revirou os olhos.
Luan foi sozinho a buscar e eu aproveitei para tomar um banho e me trocar, peguei as coisas sujas que estavam no quarto e desci para colocá-las na cozinha.
- A noite foi boa, em ! – Ouvi a voz da Milla e me virei para olhá-la. – Rolou até pipoquinha.
- Vai dormir, vai Milla. – Luan disse e ela subiu rindo.
O julgamento foi feito e ainda tive que olhar na cara daquele homem, que não estava nada boa. 
Ganhamos a causa e ele teria que pagar um bom dinheiro para nós e fazer serviços comunitários, mas Luan achou melhor ele pagar o valor do dinheiro para uma entidade carente e o Juiz concordou. 
Seu advogado nos surpreendeu com alguns exames dele nas mãos, ele tinha uma doença, problemas mentais e isso só pirou sua situação, o juiz pediu sua internação com urgência.


( Meses depois )

E lá estávamos nós mais uma vez em um hospital com minha filha que passava mal a dias e estava no soro mais uma vez.
- Milla, o que você comeu dessa vez  ? Eu já estou preocupada.
- Não comi nada demais, mãe.
- Meu Deus !
- Calma, amor. É só esse calor. – Luan dizia.
Suspirei e ficamos ali no quarto com ela, esperando o médico chegar.
- Já estou com os resultados dos exames. – Ele entrou no quarto.
- Que bom ! Já sabe o que é ?
- Já e dessa vez não é só uma desidratação.
- Tem mais alguma coisa?
- Tem sim e vai exigir muitos cuidados da parte de todos, principalmente nesse calor que está fazendo.
- O que é, doutor? – Milla, falava impaciente.
- Você está grávida, mocinha.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Capítulo 116


- O que ? – Perguntei baixo.
- Eu vou embora ! Todos já sabem, não era isso que queriam ? Publicidade por adotarem um bebezinho indefeso ? Conseguiram ! – Ela falava grossa.
- Dá onde você tirou isso, Milla ? – Minha voz quase não saia.
- Eu sei que é isso, não tenho mais nada o que fazer nessa casa. Não pertenço a essa família ! – Agora ela chorava e eu também não me segurei.
- Você é nossa filha e nada vai mudar, você é dessa casa...
- Não sou ! Eu não sou nada de vocês. – Doeu quase como uma facada aquelas palavras.
- Para com isso agora, Milla. Você não vai a lugar nenhum. – Luan se levantou, a olhava sério.
- Vou sim, você não me manda. – Ela falava mandona como sempre, o encarando.
Desde pequena era assim, diferente de Pedro que morria de medo do pai e voltava a ficar quieto quando fazia bagunça e Luan brigava, ela não parava de primeiro e nem demonstrava medo.
- Eu mando em você sim. Eu sou o seu pai !
- Não é ! Você não tem o meu sangue.
- Eu posso não ter o seu sangue, mas te criei, te dei amor, te dei tudo que queria, te registrei. Isso basta !
- Não basta, porque mentiu pra mim a vida toda !
- Não mentimos pra você, só omitimos a verdade pra não te prejudicar, até a mídia já entendeu isso.
- Que bom que entenderam, assim você fica mais tranqüilo, não é Luan Santana ? Agora deixa eu ir, porque já fiz meu papel nessa casa, de fazer vocês bancarem os bonzinhos. – Ela deu passos até a porta e Luan entrou em sua frente. 
Não falava mais nada por falta de forças, queria saber o que ele iria fazer, iria deixar.
- Volta agora para o seu quarto ! – Ele falava duro.
- Não...Saí da minha frente.
- Ou você volta agora pro seu quarto ou você vai levar uns tapas, que eu nunca te dei.
- Eu te denuncio, porque você não é meu pai e não pode me bater.
- Você quer pagar pra ver?  - Ele a encarou com uma sobrancelha erguida. – Sobe, que eu to mandando! – Vi o quanto Milla ficou irritada com aquela frase, odiava ser mandada.
Luan deu um passo para frente e ela para trás, vi que iria o obedecer. 
Mesmo de cara feia, subiu as escadas pisando firme e arrastando sua mochila. Me joguei no sofá e Luan se sentou do meu lado.
- Será que isso não vai acabar nunca ? – Eu falava, as lágrimas já desciam.
- Vai, amor. Ela vai ceder, confia em mim.
- Eu confio ! Eu pensei que ela iria ir embora agora.
- Eu nunca iria deixar, somos os pais dela, ela querendo ou não, e ainda é de menor. – Nos abraçamos apertado.
- Vai dar tudo certo ! – Sussurrei mais pra mim, do que pra ele.
Depois daquele dia colocamos mais a cabeça no lugar e decidimos ligar para um advogado, denunciamos o tal Michel, que espalhou uma notícia tão pessoal para a mídia.
Ele nos ligou no mesmo dia e disse que já era causa ganha, o denunciei também por ameaças e o advogado já tinha conseguido um julgamento para o outro mês mesmo.
Tive uma idéia naquela semana também e pedi para que Luan começasse a rever a carreira de cantora de Milla, queria alegrar a minha filha, fazer com que voltasse ao normal.
Luan concordou com a idéia de levá-la até um estúdio de um amigo, com muito custo, dizia ele que ela não estava merecendo, mas o convenci.
E com mais custo ainda, consegui convencer Milla a sair do quarto e aceitar nossa “proposta”. Acabou que ela quase morreu de felicidade depois que voltamos do estúdio, mas se lembrava que ainda estava “brava” e fechava a cara de novo.