domingo, 3 de novembro de 2013

Capítulo 37


{...}

Voltei a fazer meus shows, depois de muita insistência dos meus pais e de todos da minha equipe, por mais que estivesse sofrendo também tinha que pensar neles, que dependiam um pouco de mim para aquilo. Entrava no twitter sempre, onde as fãs me davam forças, muitas vezes chorei por uma frase bonita que li, logo eu que sempre fui forte e a última coisa que faria era chorar, mas Daniela tinha o poder de me mudar e me mudou. O palco sempre me renovava e com isso tive a certeza que fiz bem em voltar, não sei se aquilo era bom, não naquela situação, mas eu estava bem mais próximo de todos, das fãs, dos meus familiares e amigos, que estava um pouco afastado fazia um tempo e Daniela sempre me pedia para voltar ao “normal”, mas não tinha jeito. Só com ela que eu não mudava, ela me fazia bem, e não via a hora de voltar para o meu lado, me batia uma angustia a cada dia que passava, a cada machucado seu que curava, quando ia vê-la e nada de acordar.
- Luan, o médico que está cuidando da Dani, pediu para você ir até lá falar com ele.
- O que houve?
- Não sei...
- Já estou voltando, prepara o jatinho. – Corri para o camarim.
Tinha acabado de fazer um show no interior de Minas Gerais, tinha dado o número do meu celular para o hospital, pedindo o máximo de sigilo possível, queria sempre estar informado e como eu vivia dizendo, me sentia mais que responsável pela minha namorada, que não tinha ninguém. Laura estava ficando com ela no hospital, os dias que eu fazia os shows, minha irmã também ia para lá uma vez ou outra.
Voltei para o Rio de Janeiro o mais rápido que pude, fui para o hospital e lá, já entrei afobado a procura do médico.
- O senhor queria falar comigo? – Me aproximei dele, que lia alguma coisa, perto da recepção.
- Ah, queria sim. Me acompanhe por favor.
- Posso ir também? – Laura apareceu atrás de mim.
- Claro que sim, vamos até minha sala. – Fomos andando e meu coração apertando.
- Ainda por aqui, Laura? – Me virei para ela, que já estava ao meu lado.
- Queria ouvir o que ele tinha para falar, já que disse que queria falar com sua presença.
- Eu pedi para ele me informar tudo.
- Fez bem. – Chegamos em frente a uma sala e ele abriu a porta para que nós entrássemos.
- Bom...Vou ser direto e bem sincero. As notícias não são das melhores. – Ele fez cara de decepção.  Respirei fundo e olhei para Laura, que estava sentada na cadeira ao lado.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não sabemos bem...Ela estava em coma induzido, como havia dito.
- Não está mais? – Não entendi.
- Então...Ela entrou em coma profundo, eu sinto muito!
- Ela entrou em coma o que?
- Coma profundo, está dormindo como antes mas dessa vez sem os sedativos.
- Então...
- Não temos controle mais do dia que poderá acordar.
- Não acredito nisso! Como deixaram isso acontecer?
- Me desculpe, mas não é culpa nossa. Estamos fazendo o possível.
- Tudo bem. – Respirei fundo. – Desculpa. Mas o que vai acontecer agora?
- Vamos continuar com os remédios e tudo direitinho, só esperar que ela acorde.
- Tem alguma previsão? – Laura perguntou e eu fechei os olhos, esperando sua resposta.
- Não tem, não temos previsão de nada. Ela pode acordar amanhã, daqui mais duas semanas, um mês ou até anos...
- Anos? – Arregale os olhos.
- É, só Deus sabe. Peçam a ele, que a ajude.
- Façam tudo que precisar, qualquer medicamento de qualquer preço. Tudo que for possível, eu pago!
- O problema não é esse, se tivéssemos esses recursos, com certeza usaríamos.
- Mesmo assim, obrigado. – Me levantei e apertei sua mão, antes de sair daquela sala completamente no mundo da lua.
- Vai da tudo certo. – Laura andava rápido ao meu lado.
- Você ouviu, pode levar anos para ela acor...
- Não termina! Ela vai sair dessa, tem que ter fé Luan.
- É o que eu mais tenho. – Meus olhos lacrimejaram e ela me abraçou.
Fui para a sala que costumava ficar, sempre ali e Laura buscou um copo de água pra mim, me pedindo calma e confesso que já estava quase passando mal, de tanto nervoso. Resolvi me acalmar de verdade, a última coisa que eu queria era desmaiar ali e não me deixarem ficar mais, não que iriam me impedir, mais eu iria brigar com eles, e era tudo que eu não precisava naquele momento da minha vida.
- Com licença... – Uma enfermeira entrou ali.
- Oi. – Laura respondeu.
- Só vim avisar para vocês. São parentes da Daniela Ramos, não é?
- Isso mesmo.
- Então, na semana que vem, que completa três semanas que ela está aqui, se eu não me engano.
- São isso mesmo. – Falei, contava os dias.
- Então...Na semana que vem, vão poder ficar no quarto com ela e dormi lá também.
- Prefiro assim. – Agradeci e ela logo saiu.
- Eu durmo com ela, quando você não estiver.
- Muito obrigado por tudo, Laura, me sinto bem mais aliviado com você por aqui. Tenho medo sabe? Ela não tem ninguém, só nós.
- Eu fico sim, e pode ter certeza que nós somos mais verdadeiros que muitos amigos juntos. – Sorri de lado e voltei a beber minha água.
Minha mãe e meu pai foram ficar ali comigo no outro dia de manhã, pela primeira vez. Ainda não tinham muito tempo, fiquei feliz com eles ali e falei tudo que o médico tinha me dito.
- Se te deixa mais tranqüilo, eu também venho ficar com ela nos finais de semana, pi. – Minha irmã falava.
- Obrigado, meu amor. Eu fico bem mais tranqüilo. – Abracei ela, que sorriu.

Fomos almoçar no hotel e depois eu dormi o dia todo, a pedido da minha mãe, que se dizia preocupada comigo. Comi mais alguma coisa quando acordei, antes de voltar para o hospital, não dormiria lá, só iria ver o negocio do acompanhante a partir da outra semana, deixei tudo combinado com eles e voltei. Não adiantaria dormir na sala de espera, mas quando liberassem o acesso ao quarto, com certeza eu dormiria.



"Se alivia vocês, acho que as "coisas" sobre o acidente começam a ser faladas assim que ela acordar, não me lembro direito rs. Mas acho que é sim, mas por enquanto vamos focar na Dani que está em coma e agora profundo, tadinha :( E no Luan que tá sofrendo e se dedicando bastante ? :D Já deixo adiantado também que o acidente não foi sabotagem, já falei de uma vez e não fiz suspense kkkk Está bem agora ? (( :"

Capítulo 36


- Bem...Vou ser sincero, ela está em estado estável, mas...A situação não é das melhores.
- Corre risco?
- Como eu já disse, a situação é estável.
- Vamos poder vê-la? – Laura perguntou.
- Podem, mas ainda está em efeito de sedativos.
- Ela vai acordar ainda hoje? – Perguntei.
- Depende, se vermos que ela não vai sentir muitas dores, quando acordar tiramos o sedativo. Quem vai entrar? Quanto menor a quantidade de pessoas, melhor.
- Entrem vocês dois. – Rober apontou para eu e Laura. Assenti com a cabeça e acompanhamos o médico, em nossa frente.
Entramos no quarto e ela parecia dormir como um anjo, sua face era calma, me aproximei e meu coração apertou quando vi os hematomas. Olhei para Laura, que já chorava.
- Ela vai ficar bem? – Sussurrou, limpando as lágrimas.
- Vai sim. – Falei não só para ela, mas para mim também, suspirei e voltei a olhar para ela.
Logo o médico entrou, pedindo para que nós saíssemos. Voltamos para sala de espera.
Wellington, buscou um lanche para mim e com muita insistência de todos, eu comi.
Bruna chegou e eu estranhei sua presença ali, não tinha falado nada comigo.
- Vim ficar com você, pi. Nossos pais não puderam.
- Obrigado, senta aqui. – Cheguei para lado e ela se sentou, depois de falar com todos.
Dormi um pouco no colo da minha irmã e acordei com a voz do médico.
- Então, só vim comunicar a vocês, que não temos data para tirá-la do coma induzido.
- O que?
- É isso, pelo que vejo o acidente foi bem grave. Acho melhor irem para casa descansarem um pouco e depois voltarem.
- Não tem data mesmo? – Ignorei sua última fala.
- Não temos, pode ser durante meses. Mas fica tranqüilo que vamos tirar, esse coma não é como o outro. Vão pra casa. – Ele insistiu.
- Não vou, doutor. Vou ficar!
- Não vão poder ver ela de novo.
- Eu sei, mas eu fico. Não tem problema. – Bati o pé e ele saiu.
- Vai para casa dela, Luan. Vão descansar você e a Bruna.
- Não vou, Laura. Podem ir vocês.
- Nós vamos, mais voltamos logo.
- Tudo bem e obrigado por tudo. – Ela e Rober se despediram de nós e se foram. – Se quiser, pode ir também Well.
- De jeito nenhum, vou ficar com você. – Resolvi não insistir e deitei a cabeça no ombro de Bruna.
A enfermeira nos trouxe um controle e disse que poderíamos ver televisão, Bruna ligou a tv e passava uma notícia sobre o acidente, justo naquela hora.
- Deixa! – Segurei sua mão, quando tentou desligar.
Falou tudo sobre o acidente, e inclusive que eu já estava no hospital, mostrou também o local e quando vi o carro de Daniela, de cabeça para baixo, as lágrimas escorreram por todo o rosto, Bruna desligou imediatamente a tv.
Dormir mais um pouco e ela, coitada, acabou dormindo ali também, sentada e sem jeito. Olhei para meu relógio de pulso e suspirei, quando vi que marcavam três horas da tarde, tinha perdido totalmente a noção do tempo. Acordei Bruna e fui com ela até a lanchonete, para que comece algo. Algumas pessoas me olhavam, mas não ousavam se aproximar.
O médico me deixou vê-la, mais uma vez, assim que voltamos para a sala. Doía muito meu coração ver ela daquele estado e minha vontade, era de grudar nela ali e não soltar mais.
Voltei para onde minha irmã e meu segurança estavam e com muito custo e depois de levar uma bronca da minha mãe, por telefone, fui com Bruna para casa dela. Wellington, ficaria em um hotel, só nos deixou lá e foi embora.
- Nossa! Que enorme aqui. – Minha irmã admirava tudo.
- E olha que ela nem queria comprar, fui eu que insisti. E falar em comprar, ela vai ficar muito triste sem aquele carro, nem terminou de pagar.
- Será que não estava no seguro?
- Depois que acordar, eu procuro saber disso.
- É grande aqui mesmo.
- Muito grande, uma casa praticamente. Vou te mostrar o quarto que vai ficar. – A levei até o quarto de hóspedes.
- Muito bonito aqui, também.
- Muito! Acho que já tem tudo que precisa ai, Daniela organiza tudo.
- Tem sim.
- Vou dormir um pouco, amanhã eu volto. Se quiser pode ficar.
- Está bem, liga pra mãe. Ela está preocupada.
- Pode deixar. – Dei um beijo em seu rosto e fui para o quarto de Daniela.
Senti seu cheiro assim que pisei naquele cômodo e não me permiti chorar, ela era forte e muito nova, ainda tinha muita coisa para viver. Liguei para minha mãe, antes de tirar a roupa e me jogar na cama, estava realmente cansado.

Deixei Bruna dormindo no outro dia e fui para o hospital, com Wellington, mais uma vez.
Dessa vez, eu resolvi parar e falar algumas coisas com os repórteres que estavam por ali, só respondi o básico, que todo mundo sabia e que Daniela, estava em coma induzido, em estado estável.



                  "Quero saber a opnião de vcs, se tiver comentários até as dez, eu posto outro (; "

sábado, 2 de novembro de 2013

Capítulo 35


Não estava acreditando no que meus olhos estavam lendo, me sentei no sofá e procurava forças para continuar vendo aquela mensagem. Paralisei assim que acabei de ler.
- O que foi, Luan? – Minha mãe me sacudia. Olhei para ela e não consegui segurar, deixei que as lágrimas caíssem em silêncio.
- A Da-Daniela...
- O que tem ela? – Minha irmã se aproximou.
- Ela...Ela sofreu um acidente.
- Hãn?
- É isso mesmo, olha aqui.  – Entreguei meu celular para ela.
- “ Esse foi o último número que encontrei no celular da moça, deve ser o namorado dela, porque está escrito “Amor”, mas enfim, ela sofreu um acidente  eu já chamei a ambulância, desculpa avisar isso por mensagem, mais era o que os créditos que tem aqui dão. Se ligasse do meu, iriam achar que era trote. Mando outra mensagem, assim que souber o hospital que ela vai.” – Bruna leu aquilo de voz alta e eu voltei a chorar.
- Deve ser trote, filho.
- Não é, mãe. Esse celular é dela.
- Ela pode ter perdido.
- Não, não. Eu sinto sabe? – Olhei pra ela, que parecia me compreender. – Vou agora pro Rio.
- Está doido, Luan? Deixa o dia amanhecer pelo menos, ai você ver se isso é mesmo verdade.
- Não! – Limpei as lágrimas. – Eu vou e é agora. – Subi para o quarto correndo. – E não tentem me impedir! – Falei alto, para que escutassem.
Troquei rápido a minha roupa e já liguei para o Rober e o piloto, que disse que já estava indo para o aeroporto, liguei para meu segurança também. Peguei minha mochila, que por sorte estava pronta e desci.
- Vai mesmo?
- Eu vou, mamusca.
- Tudo bem, se cuida. – Ela beijou minha testa e eu abracei ela.
- Toma cuidado, Luan. – Beijei minha irmã. – Liga pra gente saber o que aconteceu.
- Pode deixar!
- Já falou com sua assessora, filho? – Meu pai disse, enquanto me abraçava.
- Não e nem vou falar agora, ela vai encher meu saco.
- Tinha que falar...
- Depois que eu chegar lá o senhor pode ligar pra ela. – Acenei para eles e meu pai veio atrás de mim, só então me dei conta que ele teria que me levar até o aeroporto.
Me despedi dele, assim que chegamos e fui correndo até a pista de pouso, agradeci e pedi desculpas, meu segurança e o piloto, pela hora. No caminho, Rober me ligou e ouvia Laura falando atrás dele, também estava nervosa, combinamos de nos encontrar lá. Meu celular apitou e chegou uma mensagem dizendo o hospital, que a levariam.
Fui para seu apartamento primeiro, assim que chegue, tinha a cópia da chave. Como eu imaginava a casa estava vazia, deixei minha mochila e voltei correndo para baixo, dei o endereço do hospital para Wellington, que se assustou, mas logo acelerou para lá.
- O que houve, Luan? – Ele perguntava.
- Me mandaram uma mensagem, cara. Falando que Daniela tinha sofrido um acidente.
- Isso deve ser trote.
- Não acho, cara. A casa dela está vazia e foi do celular dela, é muita coincidência !
- Se você diz. – Ele voltou a prestar a atenção na estrada.
- Que horas são? – Falei e eu mesmo olhei no celular, quatro horas da manhã.- Onde arrumou esse carro? – Perguntei a ele.
- Aluguei de uma empresa, que sempre alugamos. Liguei para eles, quando disse que era urgente.
- Ah sim! Fez bem, fez bem.
Chegamos no hospital e Wellington, queria ir se certificar das coisas primeiro, mas eu não deixei, a aflição me consumia.
- Se isso for trote...
- Pode deixar, eu mesmo mato o homem. – Ele negou com a cabeça, antes de descermos.
Entrei pelos fundos do hospital, que meu segurança já conhecia, por sorte e fomos até a recepção, que estava completamente vazia.
- Sorte sua, isso aqui está vazio. Devia ter trago ao menos um boné. – Ele falava, enquanto andávamos.
- Nem pensei nisso.
- Esse hospital é muito bom, devem ter reconhecido ela. Pelo que sei, não trazem para hospitais particulares.
- Se eu achar um melhor que esse, eu mando transferirem ela.
Andamos mais rápido e logo encontramos a moça que estava atendendo no balcão, aquilo ali era enorme.
- Moça, queria uma informação. – Ela olhou para mim e se assustou.
- Pois não? – Perguntou confusa.
- Foi trazida pra cá, alguma...- Dei uma pausa e respirei fundo.- Alguma, Daniela Ramos?
- Daniela Ramos? A dançarina? Não preciso nem vê. Foi sim, deu entrada tem... – Ela olhou em seu relógio. – Menos de duas horas.
- Posso vê-la?
- Sinto muito, mas não agora. Está sendo examinada, mais depois o médico vai falar pra você... É o acompanhante dela?
- Sou!
- Só posso indicar uma sala, pra esperarem notícias.
- Ótimo! Onde fica?
- Eu os levo lá.  – Ela saiu de trás do balcão e nós acompanhamos, para onde ia.- Aqui está, se precisarem de algo é só falar. Se você ir andando, no final ali vira a esquerda e vai ter a cantina, caso sintam fome. – Ela foi gentil e abriu a porta para nós.
- Muito obrigado.
- Que isso! Não tem de que. – Entramos e nos sentamos em uma das poltronas, que tinham por ali.
Não agüentava mais, ouvi a porta se abrindo e olhei rápido, pensando que era o médico.
- Rober? Desculpa, cara. Nem te enviei mais mensagem...Mas como soube, que era aqui o hospital? – Ele entrou e Laura logo atrás, seus olhos estavam inchados e vermelhos.
- Todo mundo já está sabendo. – Se sentaram do meu lado.
- Todo mundo?
- Já está na tv, e o endereço daqui também.
- Não acredito. – Passei as mãos pelos cabelos. – Deve está...
- Cheio de repórteres ai fora. Está mesmo! – Ele completou minha fala.
- Como entrou?
- Falei que trabalhava com você e eles me reconheceram, ai os seguranças do hospital me deixaram entrar.
- Luan...Como ela está? – Laura disse pela primeira vez e eu a olhei, seus olhos já queriam derramar lágrimas, Rober a abraçou.
- Eu não sei, Laura. Estou quase uma hora aqui e não tenho notícias.
- Meu Deus! – Escutamos a porta se abrir e quando vimos o médico ali, nos levantamos rápido.
- E ai, doutor?

Capítulo 34


*

Depois de um mês, minhas fãs e a mídia, já tinham se acostumado com meu namoro e de Daniela. Umas já gostaram dela logo de cara, outras não e outras preferiam a Jade, mas com o passar dos dias os ânimos foram se acalmando. Ligava para ela todos os dias e sempre estava me mandando entrar no twitter e conversar um pouco com elas, já que algumas estavam um pouco “magoadas”, incrível seu jeito e a cada dia que passava, mais apaixonado ainda, eu ficava por ela.
Achava que estava trabalhando demais também, foi chamada para ensaiar mais dançarinas de outros programas e vivia ocupada. Estava em casa, vendo televisão, era domingo e pela primeira vez não tinha show, tinha sido remarcado. Assistia com a minha família, o programa que Daniela era dançarina, insistiam para mim ir até lá, mas minha agenda não permitia, já sabia o porque queriam tanto minha presença também.
Estreava um novo quadro, onde os famosos trocavam de profissões com outros famosos, só que de outra área. Começaram a falar sobre eu ter ganhado a última dança dos famosos, já que meu negócio é cantar, e logo o apresentador se virou para Daniela. Que quando percebeu, que ele estava indo em sua direção, ficou vermelha igual tomate.
- Olha aqui a culpada. – Ele apontava para ela, que só ria com os outros.- Você ensinou direitinho, não foi?
-  (risos) Você achou?
- Achei sim, vocês não acharam? Ensinou tão bem, que o homem agora quer aprender todos os dias, fisgou a moça. – Filmou Daniela, quase roxa e eu gargalhei. – Ele te ensinou a cantar? – Ele continuou e eu já via a hora, que ela cairia dura ali.
- Não! Não sei cantar.
- Com um tempo aprende. Quando sai o casório?
- Vai demorar ainda. – Ela fez careta, fazendo todos rirem.
- Sentiu a indireta, Luan Santana? Um dia ele vem aqui e conversamos mais. – Ele se virou para ela de novo, que assentiu com a cabeça, sem graça. – Agora, quem vai pegar o cheque, com o valor do prêmio, para o artista que mais se saiu bem? – Ele perguntou a produção. – Você mesma, Daniela. Vai lá. – Minha namorada correu para um canto e logo chegou com o cheque. Reparei bem seu rosto, seu corpo e vi o quanto era linda, não que eu já não soubesse isso. Era perfeita, a melhor que eu poderia escolher para mim.
O programa logo acabou e meus pais se despediram de nós e subiram para o quarto, restando só eu e Bruna na sala.
- Quando a Dani, vem pra cá de novo? – Minha irmã perguntava.
- Não sei...Tem que ver. Está trabalhando demais esse tempo, tenho até que falar com ela pra dá um tempo.
- Pois é, até você deu. Não é, pi?
- (risos) Até eu, vou conversar com ela e marcar pra vim aqui logo.
- Faz isso, eu vou adorar! – Ela sorriu. – Vamos ver um filme?
- Vamos, estou sem sono. – Mexia no celular, enquanto minha irmã colocava um filme de comédia para assistirmos. Mandei uma sms para Daniela, que com certeza já indo para casa, me ajeitei no sofá e Bruna se sentou ao meu lado.
Depois de uma hora vendo aquele filme, já estava quase no final. Mexia toda hora no celular inquieto, Daniela não me respondia.
- O que foi, irmão? – Bruna percebeu.
- Daniela, que não me responde. Mandei uma mensagem pra ela já faz uma hora.
- Deve ter chegado cansada e foi dormir, amanhã ela te responde.
- Não sei, não. Ela sempre me responde, ela mesmo diz que sempre vai me responder, mesmo se tiver cansada.
- Calma, pi.
- Vou ficar, quando ela me responder.
- Vamos esperar mais um pouco. – Continuei na agonia, Bruna foi até a cozinha e me deu um copo de água, vendo a minha aflição. Olhei no relógio e já dava meia noite, entrei em pânico.
- Eu vou matar a Daniela, se ela estiver dormindo. – Apoiei os cotovelos nos joelhos e coloquei as mãos no rosto.
- Ela deve está bem.
- Eu vou matar ela, se ela esqueceu.
- Calma, Luan. Coitada, deve está cansada só, você mesmo disse que ela está trabalhando demais. – Minha irmã, tentava me acalmar, totalmente em vão.
- Eu sei Bruna, mais ela sempre me responde. Eu mando mensagem pra ela quatro horas da manhã e ela acorda e me responde, você não entende. – Eu disparei, já nervoso. Minha irmã olhou pra mim assustada e eu suspirei.
- O que está havendo? – Meus pais apareceram do topo da escada.
- O Luan está muito nervoso, mãe. Só porque a Dani não respondeu uma sms.
- Calma, filho.
- Eu fico nervoso, gente. Ela não tem ninguém, mãe, pai, é sozinha e a única amiga mais chegada, a Laura,está viajando com o testa.
- Eu entendo sua preocupação, meu amor. Você realmente gosta muito dessa moça...
- Eu amo ela, mãe. – Corrigi.
- Eu sei, vai ficar tudo bem. – Ela me abraçou, já estava do meu lado.
Ficamos por mais um tempo ali e vi que eles já caiam de sono, mas estavam ali me fazendo companhia.
- Podem ir dormir, eu estou acostumado.
- Vamos dormir, irmão.
- Não vou, Bruna. Só saio daqui com uma mensagem.
- Filho, eu sei que você se preocupa, mas isso é um exagero. – Meu pai disse.
- Pai... – Suspirei. – Eu vou falar a mesma coisa que falei pra pi. Vocês não fazem idéia da minha relação com a Daniela, ela é carente e muito atenciosa, sempre atende minhas ligações, menos quando está dirigindo, mas do resto...E eu já disse que me preocupo demais, me sinto pai e mãe dela, além de namorado. – Falei calmo, mais saberia que ninguém entenderia do mesmo jeito.
- Nós entendemos, meu anjo. – Minha mãe olhou para eles, com um olhar para que não falassem mais nada. Apenas voltei a abraçá-la, era a única coisa que eu ainda conseguia.
Senti meu celular vibrar no bolso e me levantei do sofá em um pulo, eles me olharam assustados.
- O que foi? – Minha mãe perguntou.
- Mensagem...Da Daniela. – Falei assim, que olhei seu nome no visor.
- Está vendo, pi? Ela deveria está dormindo e acordou agora. - Continuei calado.
- Não vai ler? – Minha mãe me olhou apreensiva.
- Estou com medo.
- Abri meu filho, deve ter sido isso que a Bruna falou, vai aliviar seu coração. – Meu pai disse eu respirei fundo antes de abrir.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Capítulo 33


No outro dia, olhei para os lados e Luan não estava. Fiz minhas necessidades no banheiro e coloquei um micro short, com uma blusa larga. Voltei a me deitar na cama.
- Ainda ai, amor? – Luan entrou no quarto, quando já estava ligando a tv.
- Estou com preguiça hoje, amor. – Fiz bico e ele riu, se aproximando.
- Vou te fazer companhia então. – Ele tirou o tênis e se deitou do meu lado, abracei ele.
- Onde estava? – Pergunte olhando para ele, estava arrumado.
- Fui comprar algumas coisas com o meu pai.
- E da?
- (risos) Da sim, é aqui dentro mesmo.
- Entendi. Acordou cedo.
- Perdi o sono, fiquei vendo você dormir e logo me levantei.
- Por que não me acordou? Odeio ser a última a acordar na casa dos outros.
- Primeiro, que a última foi a Bruna. Segundo que você parecia bem cansadinha e terceiro, eu não sou “os outros”, sou seu namorado. – Ri e o beijei. – Ah...
- O que?
- O testa, vai pedir a Laura em namoro.
- Sério? Que lindo.
- Sério, não fala pra ela. Se não ele me mata, disse pra mim não te contar.
- Nossa! Aquele testa em, não sou fofoqueira. – Luan riu.
- Vamos pro Santarena hoje? – Ele mudou o assunto.
- De novo?
- Nós fomos para outra balada ontem, amor.
- Tudo bem então.
A hora se passou e eu só desci para pegar um copo de suco para Luan, falei com seus pais que estava me sentindo cansada demais e nem sabia o por que, eles riram.
Me arrumei, quando já escurecia e passei no quarto de Bruna, para chamá-la. Luan desceu na minha frente.
- Vamos?
- Vamos! Está linda. – Ela sorriu.
- Você que está, Bru. – Já estávamos íntimas o bastante, para nos chamarmos por apelidos.
Descemos e nos despedimos de seus pais.
Chegamos e nos encontramos com Rober e Laura, Bruna foi procurar suas amigas.
- Vamos no banheiro, Lau?
- Não,vou ficar aqui com meu amor. – Revirei os olhos, enquanto eles riam.
- Tudo bem, Laura. Eu vou sozinha. – Ela sorriu irônica, beijei Luan.
- Não demora. – Ele falou só pra mim e eu assenti.
Retoquei a maquiagem e decidi tirar uma foto, mesmo sabendo que teria falação, eu gostava daquilo e acho que teria mais interação com as fãs.


Voltei para onde todos estavam e Laura e Rober, não estavam mais lá. Vi Luan conversando com uns amigos de longe, me viu e me chamou com a mão, fui olhando para chão até lá.
- Daniela, galera! Minha namorada. – Ele me abraçou de lado e eu sorri sem graça.
- Tudo bem, Daniela? Bom gosto, Luan. – Um deles falou e ele riu.
- Não é? – Fiquei ao lado deles, só observando a balada. Luan se despediu deles e fomos para a grade, eram simpáticos e gentis, mas ainda sim estava morta de vergonha.
Ele me abraçou por trás e pegou uma bebida, com o garçom que passava, me entregou.
- Está gostando? – Ele perguntou, próximo do meu ouvido.
- Muito! – Me virei para ele e sorri. Ia se aproximando para me beijar, desviei.
- O que foi? – Perguntei sem entender.
- Tem um fotógrafo ali. – Apontei com a cabeça, disfarçadamente e Luan olhou com tudo. – Disfarça!
- (risos) Deixa, amor.
- Não deixo, nada. Enquanto suas fãs não se acostumarem com a idéia, eu não vou beijar você em público. – Voltei a me virar.
- Mais você, em? – Ele riu.- Elas devem ta gostando mais de você, isso eu aposto.
- Pode até ser, mas mesmo assim precisam se acostumar.
- Tudo bem, minha chata. – Ele beijou minha cabeça.
Apesar dos fotógrafos, tirando fotos nossa de longe, a balada foi incrível. Laura  e Rober, voltaram a se aproximar de nós e Luan os zoava, como de costume, ria das palhaçadas deles. Chamei Bruna, depois de algumas horas e fomos para casa, dormimos depois de muitos carinhos e palavras bonitas.


{1 mês depois.}

Capítulo 32


- Tudo bem, querida?
- Oi Seu Amarildo, estou bem e o senhor?
- Nada de senhor, estou bem. Vamos?
- Vamos sim, e Luan?
- Está nos esperando, quando eu saí estava em uma reunião lá em casa, mas já deve ter terminado.
- Ah sim! – Entramos no carro e fui conversando com ele até lá. 
Era divertido e me fazia ri, estava com um pouco de vergonha ainda. Só o Luan, pra mandar o pai me buscar logo de cara e nem ir junto.
Ele pegou minha mala, gentil e entramos na enorme casa, era muito bonita e bem grande.
Luan vinha da cozinha, comendo alguma coisa e ria também, sorriu quando me viu e se aproximou.
- Tudo bem, amor? Fez boa viajem? – Ele perguntou assim que me soltou.
- Fiz sim, tudo ótimo!
- Já conheceu meu pai, não é? – Ele disse rindo e deu uma mordida em seu morango, que estava em sua mão.
- (risos) Já sim, não me esqueci dele, na verdade ... Vocês se parecem. – Ele me abraçou de lado e fomos até a cozinha.
Quase morri de vergonha, quando vi sua mãe e sua irmã. Mas cumprimentei elas, que me trataram super bem e me sentei na mesa com Bruna, enquanto Luan foi guardar minha mala.
Já estava me soltando e conversando melhor com elas, Bruna me falava às coisas e logo me arrastou para seu quarto, que era lindo. Me mostrou sua coisas e me contou um pouco da sua vida, era tímida também, mas bem simpática.
O dia foi perfeito, conversamos muito e almoçamos a comida ótima, da Marizete. À noite, Bruna chamou suas amigas, que também eram simpáticas e divertidas, e fomos ver um filme, combinando que no outro dia, iríamos para uma balada. Dormiram todas lá e eu no quarto de Luan, mesmo não querendo muito.
- O que sua mãe vai pensar de mim? – Já estávamos deitados e eu reclamava.
- (risos) Para de coisa, ela não vai pensar nada.
- Não acho certo.
- Dormir comigo?
- É Luan, acabamos de começar o namoro.
- Estamos juntos a seis meses.
- Ah! Mas namorando...Você entendeu.
- Para com isso, amor. Ela não liga é sério. Você acha que se ela ligasse eu ia contrariar? – Ele se virou, ficando de frente para mim.
- É, acho que não. – Ele riu e passou uma perna por cima de mim, me beijando em seguida.
- Vai me matar! – Luan ria entre o beijo.

- Vamos almoçar fora hoje, amor. Tudo bem? – Acordei com Luan falando.
- Nossa! Bom dia. – Ri, enquanto esfregava os olhos.
- (risos) Desculpa. Bom dia, meu anjo! – Ele selou nossos lábios.
- O pessoal vai sair?
- Vão para casa de um amigo, ai agente almoça em um restaurante que eu gosto e depois a casa é nossa. – Ele mordeu o lábio inferior.
- Bruna também vai?
- Vai pra casa da Ana, só voltam à noite.
- E a balada?
- Vamos também, Laura chega à tarde. – Ele se jogou sem cima de mim e me beijou, antes que eu pudesse reclamar.
Descemos, assim que nos arrumamos e ficamos vendo televisão com seus pais e sua irmã. Me perguntaram as coisas e eu respondia, contei pra eles minha história e vi que se comoveram bastante. Luan logo procurou mudar o assunto, assim que percebeu o clima que estava criando, nos fazendo ri com a quantidade de besteiras que falava.
Me apressou assim que viu, que já passava da hora do almoço. Me arrumei, nos despedimos de todos e fomos para um restaurante que Luan gostava, Villa Fontana.
- Olha...Ela pega nos pauzinhos direitinho. – Luan zoou comigo, a comida era japonesa.
- Que engraçado você. – Revirei os olhos, enquanto ele ria.
- É sério...
- Pensou que eu ia passar vergonha, não é? – Ri de leve, enquanto comia.
- Claro que não, amor, sei que minha gata é prendada. – Ele piscou e comia também.- Onde aprendeu?
- Já fui para o Japão.
- Sério? – Ele me olhou espantado.
- Sério...Fui dançar.
- Nossa! Já foi para muitos lugares?
- Muitos! – Bebi um pouco da minha bebida.
- Um dia vamos juntos. – Ele sorriu.
- Vamos sim.
- Aprendeu muitas coisas?
- Muitas coisas. A falar outras línguas, inclusive, meio que a força.
- Você não sabia?
- (risos) Nada, mas tive que aprender ou perderia o emprego.
- Trabalhava a onde?
- Era um empresa com dançarinas, era ruim ficar viajando.
- Eu não acho. – Ele riu.
- Ah claro! Aqui para dentro do Brasil, igual você, eu gosto.
- É, tem isso também... – Conversamos muito naquele almoço e descobrimos muitas coisas um do outros. Eu pedi uma sobremesa e fui comendo até o carro.
- Por que não pediu? – Perguntei Luan, já dirigia.
- Não posso comer isso. – Ele fez careta e olhou para o sundae que estava em minha mão.
- Ah, para amor! De vez em quando, não faz mal.
- (risos) Diz isso pro Guto. – Levei a colher até sua boca.
- Não posso amor, sério.
- Se você não comer, eu vou ficar brava. – Ele riu e abriu a boca.
- Hum...Bom isso, quanto tempo eu não como.
- Credo! Tem que viver. – Luan riu da minha fala e abriu a boca mais uma vez, entendi e levei a colher até lá.
- Você também não devia comer isso, se você engorda perde o emprego. – Mostrei a língua para ele, que gargalhou.
Chegamos em casa e como previsto, não tinha ninguém, Luan me agarrou e me levou para seu quarto, fizemos amor ali pela primeira, de muitas vezes.
Fomos para a balada à noite, como o combinado e nos encontramos com Rober e Laura lá, víamos nos olhos deles, que estavam apaixonados, acho que daria namoro logo.

Voltamos para casa, quando já amanhecia, só trocamos a roupa e nos jogamos na cama, Luan me abraçou por trás e logo dormimos.