Capítulo 83

Fomos para o aeroporto no outro dia, depois do almoço e de lá, embarcamos para o Caribe, estava animada. Encontramos com meu pai, Sarah e as crianças, lá mesmo. Fomos para um enorme hotel e muito famoso por lá, ficava de frente para praia. Fomos nos acomodar cada um em seu quarto, me deitei na cama, depois que troquei minha roupa enquanto Luan pedia algo para comer.

- Que fome, amor. – Ri dele, que fazia careta.

- Eu tenho fome, uai.

- Tô vendo, seu esfomeado ! – Sorri, quando o vi vindo em minha direção, selou nossos lábios e depois se deitou por cima de mim.

Acabei comendo com Luan seu lanche e Pedro também, nos trocamos e descemos para o hall do hotel, Luan mandava mensagem para Bruna, enquanto eu ligava para o meu pai, nos encontrar por lá. Fomos todos juntos para praia, bebemos e nos divertimos bastante, voltamos para o hotel, quando o sol já estava quase se pondo.

Me escorei na sacada do quarto, com Pedro em meu colo, quase dormia, senti os braços de Luan em volta da minha cintura, a paisagem era linda, com o sol que estava se pondo e o céu meio alaranjado.

- Lindo, isso aqui. – Disse.

- Não é? Escolhi bem. – Ficamos ali, até a noite cair de verdade.

Voltamos para o quarto e nos deitamos na cama, meu filho já dormia do nosso lado.

Os outros dias se passaram assim, estava adorando aquilo tudo, aquele calor que eu tanto amava e Luan também.

No Ano Novo, fomos para praia de dia, como de costume, mas voltamos para o hotel um pouco mais cedo, nos arrumamos e para voltarmos a praia, teria fogos e logo depois o salão do hotel faria uma festa, que também iríamos.

- Estou bem, amor ? – Perguntei Luan, que colocava seu tênis, sentado na cama. Pedro via tv, também arrumado, com seu cabelinho de lado, sua camisa de botões branca, calça jeans e seu mini coturno, que Luan havia comprado, claro.

- Lindona demais ! – Ele sorriu e eu também.

Descemos até a praia, que estava linda e bastante cheia, Luan parou com algumas meninas, que nos surpreenderam, quando nos disseram que eram fãs, nunca imaginaríamos encontrar alguma delas ali. Choraram e disseram que estavam vivendo um sonho, passar o ano novo no mesmo local que Luan. Conversamos um pouco com elas, mas depois nos despedimos e nos juntamos a nossa família, vi que os pais das meninas as chamavam também.

Foi tudo lindo, Pedro estava encantado também, sua primeira vez fora do Brasil. Entramos para o hotel, depois de um tempo, fomos para o salão onde teria uma festa de comemoração para o novo ano que estávamos entrando. Nos sentamos e primeiro bebemos um pouco, mas logo Bruna nos chamou para a pista de dança. Luan foi ao banheiro uma hora e só restou eu e ela ali.

- Está procurando alguém ? – Olhei para ela, que olhava para o lado apreensiva.

- Hãn...

- Não mente ! – Ri.

- Ta ... O Lucas vem. – Ela revirou os olhos, enquanto tomava um gole de sua bebida.

- Sério ? – Arregalei os olhos, enquanto ela ria.

- É, eu chamei.

- Que safada ! – Coloquei as mãos na boca. – Estão ficando.

- Digamos que ... Estamos namorando, vai. – Me assustei de novo, e logo gargalhamos.

Não demorou muito para eu ver Lucas vindo em nossa direção e ao seu lado, Luan, que deveria ter o encontrado. Conversamos os quatro ali e depois nos separamos, dancei coladinha com meu marido, enquanto bebíamos. Já que meus sogros, estavam cuidando do meu filho por insistência própria.

*

Estava passando a melhor fase da minha vida, estávamos felizes demais e com a graça de Deus, meu sogro me aceitou com muito sacrifício. Estava se dando bem com todos da minha família também. Passamos as últimas horas do ano em uma praia linda no Caribe, depois fomos para uma festa que o hotel daria para seus hóspedes, em um salão lá mesmo. Encontrei até com fãs minha, que choraram e conversaram um bom tempo comigo, me surpreendi e adorei a surpresa de tê-las ali.

Dançava com Daniela, minha irmã conversava com meu amigo, certeza que estavam de rolo, meus pais, cuidavam de Pedro, que brincava ainda elétrico com seus tios, que também eram uns amores, me adoravam e eu também adorava eles.

- Você já bebeu demais, amor. – Tirei um copo da mão de Daniela, perdi as contas de quantos tinha bebido.

- Amor ! – Ela fez bico, já sabia que não estava totalmente sóbria.

- Vamos parar? – Perguntei próximo ao seu ouvido.

- Não ! Eu quero beber, me divertir,  é final de ano, Luan. Você está ficando velho. – Ela fez careta enquanto ria. Suspirei e devolvi seu copo, ela tinha razão.

Passamos o resto da noite daquele jeito, e ela só bebia, minha irmã e Lucas também falaram para mim deixar que ela se divertisse, mas estava demais. Fui ao banheiro e ficaram lá dançando, esbarrei em uma moça na volta, que me olhou surpresa. Ela me encarava, enquanto eu ria, depois me abraçou e disse que era minha fã, era loira e bonita, com seus olhos azuis. Iniciamos uma pequena conversa, mas logo disse que teria que ir, mas ela parecia nem escutar, começava a falar outra coisa, segurava meu braço e aquilo já estava me incomodando. Percebi que ela olhava para os lados sem parar, me segurava e insistia para que eu ficasse ali, desconfiei e me soltei de vez, já irritado. Ela me seguiu até um certo ponto, mas depois voltou e eu respirei aliviado. Meu celular apitou e eu parei em um canto para ver o que era, mensagem de Daniela. Estranhei muito aquilo, pedia para eu a encontrar em uma salinha que tinha ali, sabia onde ficava. Decidi ir até lá, mas estava estranhando aquilo tudo. Abri a porta da sala olhando para os lados, parei meus olhos ali, que já ardiam de raiva, quando viram aquela cena e nem fazia tanto tempo.

- Daniela ! – Respirava fundo, para não fazer nenhuma besteira. Ela me olhava com os olhos estreitos, parecia ... Ela estava, muito bêbada. Olhei para cara do homem, que estava com a minha mulher em seus braços e o encarei por um tempo, me lembrei daquele rosto, era o ex-namorado da Laura.

Voltei a olhar para Daniela, que me olhava também e olhava para o homem ao seu lado, parecia confusa.
- Lu-Luan ? – Ela olhou dele pra mim, estreitei os olhos. – Mas ...

Capítulo 82

{...}

Já era Natal, iríamos passar com a família do Luan e Ano Novo, decidimos que passaríamos todos no Caribe, Luan já havia ido uma vez para lá com sua família e era um dos lugares que eu tinha vontade de conhecer, já que não tinha ido. Iríamos todos mesmo, os pais do Luan, sua irmã, meus irmãos, meu pai e sua mulher. Já estava tudo arrumado para viajarmos, meu pai me surpreendeu quando aceitou viajar conosco de primeiro e ainda me disse que estava disposto a fazer as “pazes” com Luan, eu fiquei mais que feliz com aquilo.

Também era uma data especial por ser aniversário de Pedro no Natal, seus dois aninhos, estava esperto e falava como um papagaio, demorou um pouco, mas quando começou não parou mais. Arrumei as minhas coisas, as de Luan e as do meu filho, enquanto Luan jogava vídeo game na sala, ouvia sua voz dizendo que depois deixava Pedro jogar.

- Já tomou seu banho, Luan ? – Descia as escadas.

- Ainda não ... – Ele estava concentrado no jogo.

- Então vá.

- Espera só eu terminar essa fase.

- Vamos logo, Luan ! Temos que ir para Londrina, viajaremos depois de amanhã.

- Eu sei ...

- Então vamos logo!

- Aow, muié ! – Ele se levantou e se espreguiçou, desligou tudo e veio ao meu encontro, selou nossos lábios antes de subir as escadas. Peguei meu filho no colo, que já estava de banho tomado, o levei para cozinha comigo.

- Quer comer, Pedro?

- Não.

- Depois não reclama de fome, temos que ir para casa do seus avós. – Ele assentiu com a cabeça. Peguei uma banana e ele aceitou comer só aquilo.

Subimos para o quarto e eu me troquei rápido, já tinha tomado o meu banho, Luan saia do banheiro, ainda molhado e com a toalha enrolada em sua cintura.

Chegamos em Londrina já no meio da tarde, a casa do Luan estava em função, seus parentes já estavam ali, sua mãe, suas tias e primas, preparavam as coisas para noite.

- Ah ! Olha quem chegou, mãe. – Bruna tomou meu filhos dos meus braços, era sempre assim. Ele ria, mostrando seus dentinhos, apaixonado na tia coruja.

- (risos) Não aperta ele, Bruna. Tudo bem, Dani ?

- Tudo e a senhora ? – Abracei ela e depois falei com todas que estavam ali.

Luan chegou e ficamos conversando um pouco, ele falava bobeira nos fazendo ri, logo se juntou aos outros homens do lado de fora e começaram  um churrasco, como de costume.

À noite troquei Pedro primeiro, o deixei com sua tia e fui para o quarto do Luan, que já estava lá, tirava sua calça.

- Vai tomar banho, amor ? – O perguntei, enquanto tirava minha sandália.

- Vou, você já tomou ?

- Não ...

- Vem então. – Ele sorriu e eu ri, entramos no banheiro.

Tomamos um banho com carícias e depois fizemos amor ali dentro, de uma forma bem calma.

Colocamos apenas nossas peças íntimas depois e fomos para o quarto nos arrumar, ria das bobeiras que Luan falava. Ele se trocou primeiro, vestiu uma calça jeans, uma blusa preta e sua jaqueta jeans também, um de seus famosos tênis e foi arrumar seu bendito cabelo, que mudava o corte a cada dia, agora estava bem mais baixo, mas do mesmo jeito, com muita demora para arrumar. Fiz uma maquiagem rápida, no espelho do banheiro, ondulei os cabelos e me troquei :

 A noite foi ótima, passamos aquela data mais que especial, conversando, bebendo e comendo, a família do Luan muito simpática como sempre, Pedro não parava um minuto. Fizemos um amigo oculto e até ele participou, tirou sua tia Bruna, ficou com vergonha de falar, mas quando chegou sua vez, fiz com que falasse e nos surpreendeu dizendo sua primeira dica “linda”, rimos com ele e Bruna o encheu de beijos.

Quando deu 00:00hrs, Marizete pegou a pequena torta que tinha encomendado e cantamos parabéns para o pequeno, que estava completando seus dois aninhos, ri de seus olhinhos surpresos e logo depois, suas mãozinhas já começaram a bater palmas também. Comemos o bolo e doces, que Marizete também tinha mandado fazer, nem eu estava sabendo. Fomos comer na mesa enorme, que estava montada também, nunca comi tanto.

- Parece que foi ontem, que te levei pro hospital às pressas, com contração. – Luan me abraçou por trás, me assustando, bebia vinho, assim como eu.

- (risos) Pois é, já está com dois anos. – Sorri, olhando para meu filho.

- Passa muito rápido, daqui a pouco vamos ficar velhos. – Olhei de ladinho para ele, que fazia careta.

- (risos) Não se preocupe com isso.

- É verdade ! Vou envelhecer lindo e ao seu lado. – Ri. Ele apertou mais seus braços, em minha volta e eu sorri com aquilo, enquanto sentia seus lábios em meu pescoço

Capítulo 81

 - Esse seu marido...

- Eu tenho nome, ta? Eu não fiz nada com o senhor. – Luan tentava manter a calma.

- Alguém me explica? – Olhei de um para o outro.

- Olha só o estado dele, filha. Como você se casa com um rapaz assim.

- Estado de quem? – Olhei para ele sem entender. Pode ter parecido ironia, mas realmente não foi.

- Ele está bêbado!

- Não estou! – Ele quase gritou e logo suspirou. – Não estou. – Falou baixo dessa vez.

- Está sim...

- Parem com isso, é esse o motivo da discussão?

- E tem motivo melhor? Você merece uma pessoa melhor, minha filha.

- Pai ! Já conversamos sobre isso, esqueceu? Vamos parar com isso de uma vez por todas.

- Também acho. – Luan agora, tinha uma de suas sobrancelhas erguidas.

- Tudo bem, faz a burrada que quiser da sua vida. Já estou indo embora. – Ele saiu andando.

- Espera! Não vai.

- Tenho compromissos amanhã cedo, só vim por VOCÊ. – Suspirei.

- Tudo bem, vou me despedir de vocês. Me espera?

- Espero. – Me virei para Luan, quando já não avistava mais ele.

- O que deu em vocês?

- Seu pai não gosta de mim.

- Eu vou mudar isso.

- Não precisa...

- Claro que precisa, eu quero os dois se dando bem.

- Você me deixaria por isso? – Ele parecia sério, o olhei.

- Hãn...Mas é claro que não! Está doido, Luan? Ele é meu pai, eu o amo, mas amo você também. Se ele não vai com a sua cara, por pura bobeira o problema é dele. – Ele sorriu visivelmente aliviado com a minha frase e eu ri. – Seu bobo. – Segurei seu rosto com as mãos e juntei nossos lábios.

Voltamos para festa, que era um pouco afastada dos banheiros, mas foi bom se não iriam todos ver a “briga” dos dois. Me despedi de Sarah, de Gabriela e Ricardo, que faziam biquinho porque não queriam ir embora.

Saímos da festa quando já amanhecia, Luan se jogou na cama e dormiu em um segundo, até seu tênis e sua camisa, eu tive que tirar. Não sei como, mas consegui fazer tudo sem que acordasse, estava realmente em sono profundo e pesado.

Dormi muito também, quando acordei meu marido ainda dormia profundo ao meu lado, estava só de boxer, devia ter tirado as calças no meio da madrugada.

Me arrumei e desci para cozinha, estavam todos tomando café da manhã ainda, mesmo sendo hora de almoço.

- Que cara de sono, Bru! – Eu ri, enquanto me sentava ao lado dela.

- Eu sei, você também não está grandes coisas. – Rimos de sua frase.

Comemos e conversando, comentando sobre a noite passada, que havia sido ótima.

Ajudei minha sogra fazer o almoço, enquanto minha cunhada e meu sogro, estavam na churrasqueira. Luan acordou no meio da tarde e desceu com seu filho nos braços, que também estava com carinha de sono e seus cabelos em pé:

- (risos) Arruma o cabelo do seu filho. – O peguei de seu colo.

- Nem vi, o meu deve ta igual. – Ele riu, enquanto se sentava a mesa e esfregava os olhos.

Ligaram o som e ficamos ali até anoitecer, Pedro não parava de comer naquele dia.

- Meu Deus, última! – Eu disse para ele, dando em sua boca a última banana amassada com mel. Fazia gesto com a mãozinha gorda, que só queria mais uma, nos fazendo ri.

- Mamãe! – Ele reclamava com sua boca aberta, já esperando outra colher entrar ali.

Entramos na piscina à noite, Pedro chorou mas não o deixei entrar, a água estava bem quentinha, então Luan decidiu o pegar, mesmo eu e sua mãe dizendo que era perigoso ele pegar uma gripe forte.

Fomos para casa no outro dia, depois de comer a comida maravilhosa da minha sogra, claro.

Passamos no parquinho do condomínio, assim que chegamos e deixamos Pedro brincar por ali um pouco, nos sentamos e eu encostei minha cabeça no ombro de Luan, enquanto o via brincar.

- Queria tanto ter outro. – Fiz bico e respirei fundo, antes que as lágrimas caíssem. Às vezes eu lembrava, que nunca mais uma pessoinha iria poder sair de dentro de mim.

- E vamos, quantos quisermos.

- Queria que saísse de mim e você sabe que isso não é possível...Nunca mais. – Suspirei.

- Amor ! Para com isso, nos temos o Pedro e logo teremos outros, tenho certeza que amor de mãe adotiva é como se fosse de sangue.

- Eu também tenho.

- Então...

- Eu sou dramática, não é? – Levantei minha cabeça para olhá-lo e fiz careta.

- Claro que não, sei que está sendo muito difícil pra você.

- Eu te amo, sabia?

- Sabia. – Ele riu. – Eu também te amo, princesa! – Ele arrumou meu cabelo, antes de me puxar para mais um de seus beijos deliciosos.

Capítulo 80

Assim que chegamos em Londrina, fui ver com Bruna os últimos preparativos, fizemos um lanche gostoso, que Marizete havia preparado e bebemos um suco ótimo. As amigas de Bruna chegaram e nós nos sentamos na varanda da piscina, conversamos e bebemos tereré, ainda estava me acostumando com aquele gosto.

Subimos para o quarto, quando a noite já caia. Dei um banho em Pedro primeiro para despertá-lo, já que caia de sono em meu colo. Tinha acordado cedo e graças a Deus, o banho o deixou mais acordado. Arrumei ele e o levei para o quarto de Bruna, que se arrumava com as amigas, que levaram suas roupas para lá.

- Que lindo e cheiroso, meu amor. – Ela cheirava seus cabelinhos. Ri e fui me arrumar.

- Ainda assim, amor? – Luan arrumava seu cabelo em frente ao espelho, apenas com uma calça preta que estava desabotoada e caia, mostrando parte de sua boxer branca e com os pés no chão.

- Vou tomar banho rapidinho.

- Não demora. – Sorri assentindo e corri para o banheiro.

Tomei um banho rápido, como havia prometido, fiz uma maquiagem no espelho do banheiro mesmo, Luan ainda deveria está arrumando seu cabelo. Coloquei um roupão e saí penteando os cabelos.

- Sabia que ainda estava arrumando esse cabelo. – Disse rindo, enquanto passava por ele.

- (risos) Nem to demorando tanto.

- Imagina, é muito amor isso!

- Muito! – Neguei com a cabeça enquanto ria.

Fui até o seu closet e peguei minha roupa, que estava separada. Me vesti e voltei para o quarto:

- Vamos?

- Que lindona! – Ele se aproximou e me deu um beijo rápido.

Ouvimos vozes vindo da sala e descemos até lá, todos já estavam pronto, Bruna tentava colocar o cabelo de Pedro para o lado, mas ele desfazia tudo, arrepiando e bagunçando.

- Deixa o cabelo do menino bagunçado, Bruna. – Luan falou, nos fazendo ri e Bruna fez um biquinho.

Iria somente eu, Luan e Pedro no carro de seu pai, sua mãe e seu pai no carro dela e Bruna, com suas amigas mesmo.

A entrada do local estava linda, entramos e por dentro estava mais lindo ainda, Bruna havia escolhido tudo e pareceram atender bem aos pedidos dela.

Nos sentamos e logo tivemos que nos levantar para falar com os convidados que chagavam a todo tempo, foi mais gente que eu esperava, Luan tinha chamado gente que eu nem conhecia e nem tinha me falado, que iria chamar mais pessoas, sorte que Bruna é prevenida e contratou um buffet para bastante gente, ri quando me falou isso em meu ouvido.

- Pai? – Me assustei, quando vi entrando com Sarah e as crianças. Me levantei e fui até eles, sorrindo.

- Filha!

- Que bom que vieram... – Abracei Sarah e depois me abaixei. – Pedro está ali com a tia, vão lá. – Apontei o dedo e eles saíram correndo.

Fomos todos para mesa e eles se sentaram, se davam bem com os pais de Luan e pareceu se darem bem com os familiares também, o que me aliviava bastante.

Fomos para a pista de dança, quando começou tocar uma música boa, Sarah se juntou a nós, era extrovertida e dançava demais, era bem novinha também.

Voltamos para mesa, depois de um tempo e voltamos a beber e a comer, as crianças já brincavam no meio da pista.

Vi de longe Luan rindo alto, fiz careta quando percebi que já não estava mais “sozinho”. Me levantei da cadeira que estava e falei que iria ao banheiro, passei por Luan, que segurou meu braço e me beijou no meio de todos, o que me deixou extremamente vermelha e seus amigos riram. Me soltei dele e continuei andando.

Retoquei minha maquiagem, no enorme espelho do banheiro, depois de ter feito minhas necessidades, me assustei quando ouvi vozes altas, vindo da porta do banheiro, estava sozinha ali:

- Hãn... O que é isso? – Coloquei as mãos na cintura e Luan me encarou, com os braços cruzados, junto do meu pai que olhava para ele com raiva. – Estou esperando. – Bati os pés impaciente.

Capítulo 79

- Está doido? Nunca acreditaria nisso, eu amo e confio em você com toda a minha alma. – Sorri para ele, que me abraçou e me deu um beijo gostoso depois.

Foi me levando em direção a cama e me jogou com tudo nela, se deitando por cima de mim.

- Essa noite, você é minha. – Sussurrou em meu ouvido, enquanto beijava o meu pescoço e desabotoava a minha blusa.

- Eu sou sua todos os dias, meu amor. – Respondi no mesmo tom.

Ele parou e levantou sua cabeça me olhando, sorriu e alisou meu rosto com sua mão, meus lábios e logo juntou nossas testas e nossos lábios. Terminou de desabotoar a minha blusa e se levantou de cima de mim, tirou minha calça e beijou a minha perna, mordeu a minha coxa e logo voltou a beijá-la, usando a sua língua. Tirou o meu sutiã e começou a beijar meu pescoço, descendo para o colo e seios. O ajudei a tirar a sua roupa, o deixando só de boxer preta e voltei a me deitar, Luan tirou minha calcinha com delicadeza e beijou a minha virilha, antes de se deitar por completo em cima de mim e encaixar os nossos corpos.  Nos amamos a noite toda, com paixão, desejo e muita saudade.

{Aniversário do Luan}

Já estava tudo preparado para sua festa, que seria em Londrina. Era para ser surpresa, mas Luan chegou um dia mais cedo em casa e me pegou falando com Bruna pelo skype. Ficamos bravas com ele, que só ria, então resolvemos nos conformar, já que não tinha mais jeito.

- O que tem lá? – Estávamos deitados na cama, viajaríamos para Londrina em uma hora.

- A onde?

- O que estão aprontando pra mim?

- Não vou falar, você já estragou tudo. – Cruzei os braços e fiz bico, enquanto ele ria de mim. Mordeu os meus lábios e minha bochecha. – Seu chato!

- Amor! Eu escutei sem querer.

- Cretino! – Luan gargalhou e me beijou, relutei no começo mas logo cedi.

Meu celular tocou e eu me sentei na cama para atendê-lo.

- Daniela?

- Oi, pai.

- Como vai?

- Vou bem e o senhor? As crianças? Nunca mas os trouxe aqui.

- Estamos bem, muito trabalho.

- Entendo.

- Eles sentem muito a sua falta.

- (risos) Vou pegá-los para passar alguns dias aqui comigo.

- Tudo bem. Só queria confirmar o negocio para hoje.

- Que negocio?

- Ué, que tínhamos combinado. Você viria almoçar aqui, vem uns amigos meus.

- Hãn... Hoje? – Arregalei os olhos. Luan me olhava atento.

- É, vai dizer que esqueceu?

- Desculpa!

- Vai vim?

- Sabe o que é pai...Não dá, hoje é aniversário do Luan e nem sei como pude confirmar isso justo hoje com o senhor. – Ouvir ele suspirar do outro lado.

- É importante pra mim, minha filha. Quero te apresentar para os meus amigos.

- Marcamos outro dia. – Murmurei.

- Não dá, já marquei com eles. – Me deitei na cama, me sentindo completamente culpada por aquilo tudo.

- Me desculpa, não foi a minha intenção.

- Tudo bem, sei que prefere o seu marido do que eu.

- Para com isso, pai!

- Até mais. – Ele desligou, sim, na minha cara.

Olhei para o lado e vi o olhar curioso de Luan, contei para ele tudo que se passava.

- Amor, você não tem culpa...

- Como não? Como eu pude marcar? Eu sou uma burra! – Bati na testa com tudo e fiz careta.

- Não é, para com isso!

- Ele ta chateado, Lu.

- Você quer ir?

- Ta doido? É seu aniversário e eu vou para Londrina com você, como o combinado. – Ele sorriu e me abraçou.

- Faz assim então, liga para o seu pai e o chama para ir pra Londrina também.

- Ótima idéia! – Sorri e me levantei.

Peguei o celular e disquei seu número, falei com ele, que ainda tinha sua voz diferente, disse que veria se poderia ir. Suspirei e desliguei, voltei para o quarto e Luan apertava Pedro que resmungava ao seu lado. Ri e me aproximei dos dois, abracei e beijei as bochechas gordas do meu pequeno.

Capítulo 78

{...}

Estávamos indo para o batizado de Pedro, que foi marcado de última hora. Já estava passando da hora de o batizar e a correria era imensa, na mesma semana era o aniversário de Luan, que dizia que não queria nada, mas é claro que eu fiz questão de preparar algo para ele, com a ajuda de sua irmã e sua mãe.

Fomos para a igreja e todos já estavam lá, inclusive Laura e Rober, que eram os padrinhos.

Depois da cerimônia que foi linda, falamos com algumas fãs, que marcaram presença ali e é claro e que eu fiz questão de colocá-las para dentro da igreja, para assistirem tudo, voltamos para casa, onde teria um almoço para nossa família e os mais íntimos.

Meu pai estava presente e já estava me incomodando o jeito que ele olhava para o Luan e não falava uma palavra com ele, Sarah era sempre simpática. Apresentei a sua família para eles, que pareceram se darem bem.

Almoçamos e depois ficamos conversando. Fui para cozinha pegar a sobremesa para servir, meu pai bebia água encostado na pia.

- Pai! – O chamei e criei coragem.

- O que foi, filha?

- Eu queria saber, o que o senhor tem contra o meu marido. Ele nunca te fez nada, nem se conheciam. – Ele pareceu surpreso com a minha pergunta.

- Hãn...Não é que eu não vou com a cara dele...

- É sim, o senhor nem fala com ele.

- Tudo bem, eu vou ser sincero filha. Eu não gosto dele.

- Simples assim?

- Eu não gosto desses cantores, que tem todas as mulheres em seus pés. Aposto que ele te trai. – Arregalei os olhos e não acreditei no que meus ouvidos escutavam.

- O que? Me trair? Nunca, o Luan nunca faria isso. Ele é diferente, na verdade isso é preconceito do senhor. Não conhece nenhum cantor para falar isso, conhece?

- Não, não conheço. Mas acredite que fiquei muito chateado quando vi na revista, que você estava se casando com um deles.

- Meu Deus, pai. Não fica com essa paranóia, Luan me ama e eu amo ele.

- Não tenho certeza disso. – Respirei fundo e fechei meus olhos.

- Eu não quero brigar com o senhor, logo agora que nos reencontramos.

- Muito menos eu, minha filha.

- Por favor, para com isso e procure conhecer o Luan melhor.

- Isso eu não posso fazer.

- O senhor fala isso, porque não sabe o que ele já fez por mim. Ele não é só meu marido, sempre esteve comigo em horas difíceis, sempre me apoiou e me ajudou em todos os momentos. Ele já foi mais meu pai do que namorado. – O encarei, enquanto ele abaixava sua cabeça.

- Eu sei que era pra eu estar aqui, sei que era pra eu ter entrado na igreja com você, apesar de não aprovar o seu casamento.

- O senhor seria capaz de não aceitar o meu casamento?

- Eu só quero seu bem e vejo que esse rapaz, não é o melhor para você.

- Está errado, ele é mais que melhor.

- Amor, você está de... – Luan entrou na cozinha e ficou sem jeito quando nos viu ali, principalmente quando percebeu que a situação estava tensa. – Demorando, mandaram te apressar.

- Já vou. – Peguei o doce que estava atrás de mim. – Pensa nisso, que eu te falei. – Disse antes de sair dali. Vi que Luan vinha atrás de mim.

Comemos o doce e ficamos mais algumas horas ali, o clima entre eu e meu pai não era dos melhores.

O pessoal foi embora, quando a noite já caia, os pais e a irmã de Luan, também foram para o aeroporto pegar o jatinho.

- O que aconteceu àquela hora na cozinha? – Ele perguntou, enquanto eu tirava a sandália.

- Hãn... – Me fiz de desentendida.

- Àquela hora na cozinha que você estava com seu pai, me fala.

- Está bem. Eu fui perguntar a ele o por que, que ele não vai com a sua cara e te trata daquele jeito.

- O que ele disse?

- Que não gosta do seu tipo, cantores.

- Sério que é isso?

- Sério e ainda disse que você me trai.

- Nossa, cara. Como ele pode falar isso? – Ele ficou irritado.

- Eu também não sei.

- E por que não ia me contar?

- Não queria te ver assim.

- Ou você acreditou nele? – Me levantei e me aproximei dele.

Capítulo 77

Fomos para o local do show, parei com Luan para falar com as fãs. Me surpreendi, quando vi que se comportaram melhor, por causa do Pedro, que estava um pouco assustado olhando para todos. Era o seu primeiro show e ficava um pouco assustado, quando íamos para o aeroporto com Luan e lá tinha várias fãs.

Falei um pouco com elas e logo entramos para o camarim, passei uma mensagem para Sarah, tinha pegado seu número.

- Olha só, quem é vivo sempre aparece! – Luan praticamente gritou. Me virei e vi Laura, vindo abraçada com Rober.

- Digo o mesmo, seu Luan. – Ela respondeu.

- Nem parece que é minha vizinha, “muié”.

- Estou trabalhando demais, graças a Deus. Quando tempo, amiga! – Ela se sentou ao meu lado e me abraçou.

- Muito tempo mesmo.

- Oi amor da dinda. – Ela pegou Pedro e o apertou, mordeu sua bochecha e ele resmungou.

- Ou, para de baba o meu filho. – Luan riu, enquanto ela revirava os olhos.

- Falar em dinda, vamos marcar esse batizado.

- Já passou da hora, Daniela. – Rober gritou, ri.

Conversamos mais um pouco e faltando cinco minutos para o início do show, fomos todos em direção ao backstage, inclusive Luan. Demos um selinho e já fui para a lateral do palco, com Laura que segurava Pedro em seu colo.

Recebi uma mensagem do meu pai e pedi para que Wellington, fosse os pegar no portão e assim ele fez.

- Nos atrasamos, Dani. – Sarah me abraçou.

- (risos) Ainda vai começar.

- Irmã, já começou? – Senti as mãozinhas em minhas pernas e olhei para baixo.

- Ainda vai começar, meu amor. – Olhei para Laura, que me olhava sem entender. Apenas sorri e pisquei para ela, que entendeu, que depois eu contaria tudo.

O show começou e as crianças estavam animadas, até Pedro desceu do colo que tanto gostava, ria e batia palmas.

- Já estamos indo, Daniela. – Meu pai me abraçou, faltava duas músicas para o show terminar.

- Já?

- Já sim, vamos marcar outra saída na próxima semana.

- Poxa, deixa as crianças comigo. Dormem lá em casa.

- Tudo bem, Sarah?

- Claro!

- Ótimo então, quer que eu as levo amanhã?

- Não, eu vou buscar.

- Tudo bem. – Abracei os dois, se despediram das crianças e de Laura, antes de saírem.

- O que foi isso? Quem são eles? Da onde saíram?

- (risos) Calma, amiga. Aquele é meu pai.

- O que? – Ela quase gritou e eu ri.

- Meu pai, Laura. Ele apareceu, no começo eu fiquei com  um pé atrás para perdoa-lo por tudo que fez, mas depois eu vi que estava realmente arrependido, sua mulher é muito simpática.

- Ela é a mulher que ele...

- Que ele foi embora, isso. Mas ao contrário do que eu imaginava, ela é bem legal.

- E essas crianças? – Ela apontou para eles.

- Meus irmãos. Lindos, não é? Sempre quis ter irmãos.

- Nossa! Nunca imaginaria que você tinha irmãos e muito menos, desse tamanho. – Ela riu.

- Nem eu, mas eu adorei de verdade. São uns amores, adoram o Pedro e o Luan.

- A menina se parece com você, são gêmeos? Qual o nome?

- Parece sim. São gêmeos, Gabriela e Ricardo.

- Lindos! Não são iguais.

- (risos) É.

- Eles já falaram com o Luan?

- Já sim, mas o meu pai, parece que não foi muito com a cara dele. – Fiz careta.

- Mas o que aconteceu?

- Aí é que está, não aconteceu nada para ele está assim.

- Nossa! Tenso isso. – Voltamos a ver o show e depois fomos para o camarim.

Me despedi de Laura, que já iria para casa com Rober e fui me encontrar com o Luan.

- Foi lindo, amor. – Beijei ele.

- Obrigado, meu anjo. Cadê a Laura?

- Já foi com o testa. – Ri e Luan também.

- E esses lindos, vão com a gente?

- Vamos sim, Luan. – Gabriela sorriu animada.

- (risos) Que ótimo! Vamos parar em uma pizzaria e levar uma pizza para casa, com um doce ainda. Quem vai querer? – As vozes fininhas, se ecoaram pelo camarim enquanto eu ria deles.