quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Capítulo 109


Chegamos ao Brasil e como o prometido, a minha cunhada nos esperava. Abracei ela demais, que logo tomou Milla do meu colo e encheu Pedro de beijos.
- Eu nem acredito que estão aqui ! – Ela sorria e eu não era diferente, claro.
- Nem eu, Bru. Estou muito feliz mesmo !
- Vamos logo ?
- (risos) Pra já ! Luan está em casa? – Ela assentiu, enquanto pegava a bolsa de Milla das minhas mãos e colocava em seu ombro, ainda estava com a pequena nos braços.
Assim que paramos em frente ao prédio, eu suspirei, parecia que tinha décadas que tinha saído dali. O porteiro me ajudou com as malas e disse que sentiu a falta do Pedro e que tinha crescido mais. Fomos rindo até o andar do meu apartamento. Assim que Bruna abriu a porta, pude vê-lo, largado no sofá , sem camisa e trocava os canais da tv.
- Amor ? – Ele se levantou assustado. – Meu Deus ! Você disse que ...
- Não gostou de nos ver?
- Eu...Eu amei, meu amor. Nossa! – Ri.
Nos abraçamos apertado e nos sentamos no sofá, Luan pegou Milla do colo de Bruna e colocou Pedro sentado ao seu lado.
- Tava com saudades, papai. – O pequeno falava, nos fazendo sorri.
- Eu que estava, filho. Mas agora não vamos mais nos separar.
- Não mesmo ! – Eu concordei sorrindo.
- E como ta essa princesa? Muito mais linda do que pelas fotos e bem maior do dia que fui lá. – Milla, gargalhou em seu colo nos fazendo ri, parecia entender as coisas.
- Não é ?
- Vamos lá ver o quartinho dela, está lindo ! – Bruna apareceu novamente na sala.
- Vamos sim ! – Me levantei.
- Por isso a pressa com tudo isso, não é ? E nem me disse nada, pi. – Luan reclamava.
- (risos) Era surpresa, meu amor. – O quarto da pequena estava incrivelmente lindo, não esperava outra coisa da Bruna. 
Todo rosa, claro e com seu berço, que podia virar cama. Seu guarda roupas era lindo e o banheirinho também. 
Colocamos suas coisas ali e depois fomos para o quarto do Pedro colocar as dele.
Também estava todo mudado, tudo novo e com uma nova pintura, um desenho de um carro na parede.
- Mudou, papai. – Ele falava.
- (risos) Gostou ? Você também merece quarto novo ! – Pedro amou o quarto e Luan tinha comprado mais brinquedos, como se fosse possível. Deixamos ele lá brincando.
Fui para o quarto e tomei um banho frio, já que fazia muito calor, enquanto Luan ficava com a pequena. Quando saí, ela estava só de frauda, ria banguela.
- Ela tava com calor, amor. – Luan disse.
- Depois eu dou um banho nela, se não vai suar de novo.
- Vamos comer?
- Estou morrendo de fome ! – Ele riu e seguimos para cozinha.
Chamamos Bruna na sala e Pedro em seu quarto, fizemos um belo chance, conversando e colocando os assuntos em dia. Estava tudo ótimo, melhor impossível.
- Vamos pra Londrina amanhã ? – Luan falava.
Estávamos deitados na cama e já era noite, as crianças já dormiam, era bem tarde.
- Vamos, claro. Queria ligar para o meu pai e chamá-lo também.
- Vamos ligar sim, fazer um churrasco.
- (risos) Isso !
- Estava morrendo de saudades de você, sabia?
- Eu também estava, meu amor. Mas agora eu prometo que não me desgrudo mais de você, vai até enjoar.
- (risos) De você ? Impossível !
- Mas foi por uma boa causa, não acha?
- Acho ! Uma linda causa, pela nossa filha ! – Eu sorri com sua frase, era a primeira vez que falava aquilo.
- Eu estou tão feliz !
- Eu também e agora entendo tudo que fez.
- Que bom que me entende. – Abracei ele forte e depois nos beijamos com intensidade. Depois de vários meses, nos beijamos.
O quarto foi ficando ainda mais quente e ligamos o ar condicionado, nos amamos com saudade que exalava por nossos corpos. Ele não me soltava pra nada e eu estava amando aquilo, cheirava seu pescoço para pegar todo seu cheiro de volta e dali tive realmente a certeza, que eu não conseguiria mais viver sem ele, nunca mais me separaria dele.


" Amores, pelas minhas contas ela não vai precisar mentir a idade, só vai parecer alguns meses mais nova, mas não chega a ser ano (: "

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Capítulo 108


E assim se passou dias e meses, Luan foi nos visitar em suas férias no final de ano, onde curtimos muito e depois quando teve uma folga de dez dias. Já estava morta de saudades da minha casa, ele me ligava todos os dias e dizia a sua mãe que nem saia de casa direito. Eu falava para que saísse com seus amigos, até para balada eu disse para ir, mas ele não queria mesmo, estava passando alguns dias na casa dos seus pais, Laura também foi me visitar. Não saia muito na rua com medo de que tirassem fotos de mim, mesmo sabendo que Luan não tinha fãs por ali e os paparazis não sabendo onde eu estava.
Milla ficava mais linda a cada dia que passava, coloquei Pedro em uma escolinha que tinha ali perto, só para não perder o ano inteiro de aula e depois ter que fazer tudo de novo. Falava com Bruna pelo telefone sempre e ela me dizia que o quarto da Millla estava ficando lindo, quanto na casa dela, quanto na minha casa, ela mesma estava cuidando da decoração. Comprei muitas coisas na Austrália pra pequena também, não achava aquilo mais uma loucura e sim um amor de mãe, que foi a primeira vista.

{ ... }

- Eu nem acredito que já está voltando, Dani. – Falava com minha cunhada, pelo celular.
- Nem eu, Bru...Nem eu. – Sorri.
A felicidade não cabia em mim, depois de quase um ano fora, já estava voltando para minha casa e dessa vez já poderia mostrar a minha filha para o mundo, que só sabia seu nome, Luan havia postado em sua rede social.
- Você disse pro meu irmão que só chegaria na semana que vem ...
- Quero fazer uma surpresa, o que acha ?
- Ótimo ! Vou dar um jeito de irmos para a casa de vocês no rio.
- Isso ! Você me pega no aeroporto e depois vamos para lá ... Será que ele vai gostar?
- E você ainda pergunta? Ele vai surtar !
- (risos) Estou com tantas saudades !
- Eu também, cunhada. Vi suas fotos, da Milla e do Pedro que você mandou para o Luan, estão tão lindos.
- (risos) Viu ? Os meus bebês estão perfeitos !
- E você também, tá muito lindona.
- Acho que melhorei um pouco, passo quase a metade do dia na academia.
- (risos) Assim que é bom ! – Conversamos por mais algum tempo e depois desligamos.
Estava ansiosa demais e ao contrário das crianças, naquele dia eu mal consegui dormir.
No outro dia já era o mais esperado da minha vida. O dia que voltaria para o Brasil, que voltaria a ver as pessoas que mais amava na vida.
Fui à escola de Pedro de manhã e os deixei dormindo, não tinha problema algum. Todos do hotel já eram meus amigos, sabiam meu nome, assim como eu sabia de todos. Pedi para que descem uma olhadinha no quarto e fui a pé mesmo, era perto. Conversei com a diretora e já peguei sua transferência, comprei algumas coisas na rua para comermos no avião e voltei para o hotel. Os pequenos se espreguiçavam na cama.
- É hoje, mamãe ? – Meu filho dizia, rouco.
- É hoje, meu amor. Vamos voltar para casa.
- Vamos ver o papai e todo mundo ?
- Todo mundo ! Ta feliz ?
- Muito ! – Ele sorriu e eu o abracei. Estava bem maior que antes, crescia rápido.
- Me ajuda a terminar de arrumar as coisas da sua irmã?
- Ajudo. Ela já acordou mas voltou a dormir. – Ele riu e a olhou.
- Preguiçosa, igual alguém que eu conheço. – Cutuquei sua barriga e ele riu.
Depois de alguns minutos, finalmente já estava tudo pronto para voltarmos. Nos despedimos do pessoal do hotel, que até insistiram para que um deles fossem comigo até o aeroporto, mas não deixei, não precisava. Colocaram a minha mala no táxi e o motorista me ajudou com as malas no aeroporto. Logo o vôo foi anunciado, entramos no avião e nos acomodamos na poltrona.
Olhava pela janela feliz, já imaginando a minha terra. Peguei o celular e resolvi postar uma foto que tinha tirado há dias atrás, mas não anunciaria que estaria voltando, se não a minha surpresa para Luan estava acabada.

   



"Sinto muito quem não está gostando , volto a dizer que não imaginava isso tudo, mas estou até gostando haha Ela não vai morrer, a fanfic já está toda escrita e quem queria isso, vão se decepcionar ! haha Tenho certeza que isso tudo é questão de fase, daqui a pouco já estão gostando dela de novo e se isso não acontecer até o final da fanfic, ai eu já não posso mais fazer nada, porque tudo vai se resolver ! Só não comentarem aqui coisa do tipo " foi ridículo esse final" se não tem nada de bom pra escrever, é melhor não comentar que eu prefiro e sim, vocês tem todo o direito de dar opniao, antes de um filho de Deus fale isso nos comentários, porém eu me esforço bastante pra escrever isso aqui e quem não quiser ler, é melhor. Quando eu não gosto de uma fanfic, as vezes até abro umas que tem milhares de erros de portugues, eu paro de ler, e não escrevo coisas absurdas para não magoar a escritora, porém, vocês tem sorte, ou azar rs porque eu não me magoo fácil e nem mudo meus planos. Beijos e obrigado quem está entendendo, mesmo não concordando, vocês sim são exemplos (; Agora mudando o assunto. Feliz Natal adiantado, para todos. Que papai do céu entre nos coraçõezinhos de cada um. Não sei se vou postar mais hoje, porque tenho que fazer muita coisa e até meia noite vou está na igreja rezando por cada um, viu?! Beijoos "

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Capítulo 107


- Você está doida, Daniela ? – Ele teve a reação que eu esperava.
- Esse é o único jeito, amor.
- Você não pode ta falando sério. – Ele colocou suas mãos no rosto e seus cotovelos nas pernas.
Me aproximei e acariciei seus cabelos com cuidado.
- Me entende...Eu não quero que minha filha seja vista pelas pessoas como a adotada, pensa quando ela crescer.
- Isso é normal, Daniela. Um monte de família faz isso. – Ele ainda não me encarava.
- Mas nós não somos uma família normal. – Tirou suas mãos do rosto e me encarou, com aquela expressão que eu não gostava nem um pouco.
- Me desculpa por isso.
- Pelo quê ?
- Por não te dar uma família normal. – Vi que ia levantar e segurei seus braços.
- Me desculpa ! – Queria me bater naquela hora. – Eu não quis dizer isso ... Eu sou uma burra mesmo ! Você está fazendo de tudo por mim e assim que te agradeço.
- Você tem razão...
- Não tenho ! Eu não quis dizer isso, eu amo a vida que levamos e amo mais ainda a nossa família. – Ficamos em silêncio por um tempo. – E eu te amo, meu amor ! – Falei baixo.
Luan acariciou meu rosto e eu pude ouvir seu suspiro pesado, logo depois.
- É isso mesmo que você quer ? – Assenti com a cabeça. – Já tem noção para onde quer ir?
- Quero sair do país. – Espremi os olhos e Luan suspirou mais uma vez.
- Tudo bem ... Amanhã vamos fazer a certidão da Milla e logo depois já poderá viajar.
- Vou resolver a escola do Pedro também e ainda pensar por quanto tempo posso ficar fora. – Tomei a atitude de me aproximar mais ainda dele e primeiro selar seus lábios, para depois iniciar um beijo lento e cheio de paixão, um beijo que só iria se repetir depois de um longo tempo.
Fomos dormir abraçados naquele dia, eu estava triste, ele estava triste, mas aquilo era realmente o que eu queria.
No outro dia resolvemos tudo, conseguimos a certidão e tivemos uma reunião com seu empresário e assessora, que assim como Luan acharam uma loucura, mas só eu sabia o quanto era importante para mim.
Ficou decidido que eu iria para a Austrália, lá não tinha muitos fãs do Luan e eu gostava muito daquele lugar, por ter morado por lá na época de viagens, por três anos. Decidimos também, que ficaria quatro meses por lá, quando voltasse iria falar que saí do Brasil grávida de três meses e também falaria que Milla tinha nascido três meses antes do previsto, prematura, e falaria que tinha passado um tempo por lá, não poderia aparecer com a menina crescidinha,  ela estaria com quatro meses e me esconderia o máximo para não dar entrevista e eles quererem os detalhes e nem perguntarem sua idade. Já estava tudo pronto, Luan falaria que eu fui para dar um tempo daquela correria toda e descansar também.

{ ... }

O dia dá viagem foi o mais tenso de toda a minha vida, Luan estava visivelmente triste e aquilo cortava o meu coração. Choramos em casa, quando nos despedimos, ele não me levaria no aeroporto, estava tudo pronto para que eu entrasse sem ninguém me ver.
- Eu volto logo, meu amor. – Eu falei e logo selei seus lábios, já chorávamos.
- É muito tempo ... – Ele dizia baixo.
- Vai passar rápido.
- Eu espero mesmo !
- Você não vai lá nas suas férias?
- Vamos todos.
- Ótimo ! – Sorri e meu celular tocou.
Era Laura, já tinha contado para ela e meu pai tudo que estava acontecendo, apesar de surpresos e não gostarem muito também da idéia de eu viajar, eles me apoiaram. Sai da nossa casa com o coração na mão.
Eu chorei no banco do avião também, Pedro me perguntava o porque de estarmos viajando e qualquer desculpa que vinha na cabeça eu falava para ele. Tadinho, também estava sofrendo por minha causa, mas eu não poderia o deixar e nem ele ficaria sem mim.
Assim que chegamos ao hotel, que ficaríamos durante meses, já pedi uma comida, já que a fome apertava.
Liguei para o Luan, eu estava ciente que aquilo era uma loucura, mas não estava arrependida.
No outro dia, já saia em vários sites de fofocas a noticia que eu estava viajando e grávida de três meses e que passaria a gestação inteira fora com o meu filho. Liguei para o Luan, que me disse que tinha dado uma entrevista, pronto ! Agora a bomba já estava lançada.


"Bom, pra quem não entendeu, a viagem é necessária porque não podem chegar com a criança do nada e como ela disse, não quer que saibam que adotaram um bebê. Eu espero que entendam, rs. Mas se não entenderem esqueçam as datas e foquem na fanfic , rs mas garanto que vai dá certo, podem confiar em mim. Se liguem nos próximos capítulos e volto a dizer que essa viagem é necessária e vocês vão entender tudo no "futuro" (; e a viagem não vai ficar demorando em vários capítulos, vou fazer o tempo passar rapidinho ! Beijos e paciência, rs "

domingo, 22 de dezembro de 2013

Capítulo 106


- Pois é ... Não via a hora de chegar esse momento.
- Imagino ! Me acompanhem, por favor. – Fomos até o escritório daquele lugar.
Ela saiu e disse que já voltava, a minha mão suava frio de ansiedade.
- Você vai enfartar assim, calma amor ! – Luan segurava minha mão.
- (risos) Estou calma. – A porta se abriu e nós nos viramos para olhá-la.
A moça entrou com uma manta rosa nos braços, me levantei e já a peguei de seu colo. Estava muito maior do que dá última vez que tinha a visto e mais gordinha também.
- Ela está linda.
- Muito ! Cuidamos dela bem direitinho, viu ? – Ri.
Luan se aproximou e pegou em sua mãozinha também, ela sorriu para nós e segundo a assistente social, aquele era seu primeiro sorriso. Estava mais que feliz com minha nova filha em meus braços e ela tinha dado seu primeiro sorriso para seus novos pais, acho que já estava sentindo que dali em diante seria tratada como devia de verdade.
Pegamos sua bolsa com as coisinhas que eu mesma tinha mandando Bruna comprar pra ela, no dia em que tudo aconteceu e saímos dali. Me dava pena olhar aquelas crianças ali, todas abandonadas. Uma mais linda que a outra e sem família, mas não poderia negar que eram muito bem tratadas.
- Se eu pudesse pegava todas pra mim ... – Falei para Luan enquanto andávamos, que sorriu.
- Eu também. – Uma freira nos parou e segurando a mão de uma menininha negra dos olhos azuis, linda. Disse que ela era fã do Luan, sabia todas as músicas e todos doavam DVD’s e CD’s para ela. Ela sorriu com o dedinho na boca e envergonhada, Luan a pegou no colo e falou que cantaria uma música exclusivamente para ela. A Irmã feliz, disse que tinham um violão e nos encaminhou um lugar para ficarmos.
Ele cantou e quando vi, já se formava uma roda de crianças ali, conversava com elas e perguntava as coisas também. Demoramos mais que o previsto ali, mas valeu a pena.
- Vou pedir para o Rober mandar doações pra cá... – Ele falava, enquanto dirigia.
- Faz isso e manda coisas suas para aquela menininha também.
- Vou fazer isso ! – Ele dirigia devagar, já que faltava uma hora para Pedro sair da escola.
Estacionou em frente ao portão principal.
- Amor...E a certidão dela ? – Perguntei.
- Meu advogado já cuidou de tudo é só irmos lá fazer.
- Que ótimo ! Quero ir logo.
- E iremos. E o nome dela, qual vai ser? – Luan olhou para ela, que dormia em sua cadeirinha que eu já tinha comprado.
- Eu tenho um nome que sonho em colocar em minha filha desde de criança...
- Então fala, meu amor.
- Milla, você gosta?
- Muito lindo, eu amei. Vai ser Milla.
- Agora é só irmos no cartório. – Sorri.
- É...Mas não sei se vai dar para esconder isso de todos, vamos aparecer do nada com uma criança. – Suspirei.
- Eu tenho uma idéia, mas não sei se vai gostar.
- O que é ?
- Em casa eu te falo.
- Eu tenho a impressão que não vou gostar mesmo...
- Só quero que me entenda. Sei que está me entendo demais nos últimos dias e desde que nos conhecemos, sempre me apoiou, mas...Por favor.
- Então conversaremos em casa, eu prometo tentar te entender se for o caso. – Assenti. - Vamos esperar o Pedro aqui? – Me perguntou.
- Acho melhor eu ir pegá-lo. – Olhei em meu relógio. – Ainda faltam meia hora.
- Vai lá, então. – Pedi a diretora, que liberou para que Pedro saísse um pouco mais cedo.
Fomos para o carro e ele me olhava curioso, até que me perguntou.
- Ela está no carro, mãe?
- Está , filho. – Me abaixei para ficar do seu tamanho. – Sua irmãzinha está ali, ela é linda e tenho certeza que vai gostar.
- Você vai me trocar? – Ele repetiu sua pergunta de um tempo atrás.
- Mas é claro que não... Só que agora ao invés de um ouro eu tenho dois, entendeu ? Agora são minhas duas vidinhas. – Apertei seu nariz, ele riu.
O coloquei em sua cadeirinha, ao lado da Milla e Luan arrancou com o carro. Ele olhava curioso o bebê ao seu lado, todo o tempo. Luan ria vez ou outra, ao meu lado, mas puxou assunto com ele, perguntando como tinha sido sua aula.
Depois de comermos, quando chegamos em casa, dei um banho na Milla e em Pedro, que dormiu, para a minha surpresa, deveria está cansado. Coloquei ela no berço, que também já tinha encomendado, desde o dia que ela se foi para o abrigo, ainda estava em meu quarto, mas era questão de tempo, para um dos quartos de hóspede, se transformar em um lindo quarto de princesa.
- Vamos conversar agora ? – Luan me chamou para a sala, respirei fundo.
- Amor...Como eu já disse, eu não sei se vai gostar da idéia.
- Me fala o que é, você está me assustando.
- Está bem ! Eu quero viajar com as crianças, durante alguns meses e depois vou voltar com a Milla.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Capítulo 105


{ ...}

O tempo se passou e depois daquilo fizemos tudo certo, demos nosso depoimento e até o delegado se espantou quando eu disse que queríamos a guarda da menina. Ela já não estava mais comigo, mas Luan fazia de tudo para que o processo corresse bem rápido, todos os dias ligava para seu advogado. Via seu esforço e sua preocupação, apesar de estar sentindo falta daquela criança que não passei nem dois dias direito, eu estava feliz por ver o esforço do meu marido, que mesmo não querendo no começo, agora estava se empenhando naquilo mais que tudo.
Luan fazia sua turnê, eu via filme com Pedro em minha cama, comíamos brigadeiro.
- Mamãe ...
- Oi, meu amor.
- É verdade que eu vou ganhar uma irmã ? – Me sentei na cama, assustada.
- Quem te disse isso?
- Eu ouvi você falando com o papai quando uma bebê iria vir morar aqui.
- Você está espertinho demais pro meu gosto. – Falei e logo depois, recebi uma gargalhada gostosa como resposta. – Mas é verdade sim, você vai ganhar uma irmã e se Deus quiser não vai demorar.
- Mas ela não vai nascer da sua barriga?
- E nem precisa pra ser minha filha e sua irmã.
- Será que eu vou gostar?
- Mas é claro...
- Você vai me trocar? – Ele fazia bico, enquanto eu sorria.
- Lógico que não, meu amor. Eu amo você  e nunca te trocaria. – Apertei suas bochechas, mordi e depois o abracei forte.
O resto daquele dia meu filho ficou manhoso, queria tudo na mão e só saia da cama no colo. Acho que já estava entendendo que seus dias de filho único estavam contados, então estava aproveitando o momento. Eu ria dele e de sua esperteza, tão pequeno e já estava daquele jeito.
Luan chegou de viagem no outro dia, almoçamos fora naquele dia e depois passamos em uma loja de doces, comemos muito. À noite, pedimos uma pizza doce e salgada, Pedro comia como nunca.
- Notícias, amor ? – Me sentei ao lado de Luan no sofá, assim que Pedro dormiu.
- Tenho. – Ele dizia e me deixou mais aflita.
- O que ?
- Não sei se vai gostar. – Fez careta e eu respirei fundo.
- Pode falar... – Minha voz quase não saiu.
- Amanhã mesmo podemos ir lá buscá-la, a guarda é nossa ! – Ele falou e logo sorriu.
Não sabia onde guardar tanta felicidade, não estava acreditando no que meus ouvidos ouviam, eu só sorria e estava paralisada. – Eu disse que você não gostaria da notícia...
- Tem razão ! Eu não gostei ... Eu amei ! – Só então voltei para terra e o abracei forte. – Amanhã mesmo ? E aquele processo de vir alguém visitar a nossa casa e tal ? – Me soltei dele.
- Amanhã, amor. Eles não vão vim, porque ser o Luan Santana tem suas vantagens.
- Nossa ! Você é importante ... – Ri.
- Agora que percebeu ?
- Idiota ! Mas agradeço por ter adiantado tanto as coisas assim.
- Eu sei que ainda pensa que estou fazendo isso por obrigação, mas quero que saiba que não. Estou fazendo isso pelo bebê também, eu quero uma filhinha também.
- É sério isso, amor?
- Mas é claro ! Eu quero que ela seja feliz conosco também, já é uma guerreira desde que nasceu.
- Com certeza ! – Voltei a abraçá-lo. Era tanta felicidade que não cabia mais em mim.
Selamos aquela noite com muito amor em nossa cama, em forma de comemoração pelo o outro dia feliz que haveria de chegar bem rápido.
Acordei mais feliz impossível no outro dia, percebi que Luan também não era diferente. Resolvi conversar com Pedro, antes de chegar com um bebê lá, mesmo ele já sabendo mais ou menos as coisas, por ter nos ouvido falar.
- Filho... – Ele almoçava, o levaria para escola.
- Oi.
- Hoje a mamãe vai buscar o bebê, lembra que você ouviu eu falando com seu pai?
- Lembro.
- Então...Tenho certeza que vai gostar. – Sorri e ele assentiu com a cabeça. – Vai me ajudar a cuidar dela ?
- Vou ! – Ele disse rápido, me fazendo sorri mais.
- Que ótimo !
- Tem que cuidar quando ela crescer também. – Luan chegou falando e ele riu, enquanto assentia novamente.
Acabou de comer e eu e Luan, o levamos até a escola. Fomos direto para um abrigo que tinha de crianças ali mesmo no Rio, estava ansiosa.
- Tudo bem, dona Daniela ? Finalmente... – A mesma assistente social, me recebia simpática.

Capítulo 104




Conversei mais um pouco com eles e Bruna foi ficar com Daniela. Estava decidido a adotar a criança e 
as escondidas, como minha mulher queria. Deixei tudo pronto com o Ânderson e no outro dia já entraríamos com o processo de adoção, mas segundo ele demoraria um pouco, suspirei só de imaginar a cara da Daniela, iria fazer de tudo para que aquilo fosse rápido.
- Daniela ? – Entrei no quarto, ela via televisa com o volume bem baixo, Bruna já não estava mais ali. Somente me olhou e eu já entendi que estava brava comigo. – Me desculpa ? – Sentei em sua frente e ela desligou a tv.
- Você foi muito egoísta ...
- Eu sei, meu amor e peço perdão por isso. Desculpa esse tonto?
- Eu desculpo você, meu amor. – Ela me abraçou apertado, sorri.
- Eu queria te falar uma coisa.
- O que ? – Ela se soltou de mim.
- Eu chamei o Ânderson e a Arleyde aqui e contei toda a história.
- O que ? Luan ! Eu disse que não queria que ninguém soubesse...
- Calma, amor. Eu sei, mas eu tive que contar a eles e aproveitei e já falei a minha decisão.
- Que decisão ? – Ela me olhava com seu jeitinho confuso.
- Eu decidi que vamos ficar com ela, vamos adotá-la e ninguém vai ficar sabendo.
- É sério isso ? – Ela sorria, como uma criança feliz, o que me deixava ainda mais que ela.
- É sério ! Vamos criá-la, dar muito amor e carinho a essa coisinha linda. – Passei a mão de leve, sobe seus cabelinhos, respirava pesado enquanto dormia.
- Eu te amor, minha vida  ! – Daniela praticamente se jogou em cima de mim, enquanto eu ria. – Olha ... – Apontou para a bebê. – Parece que nunca dormiu tão bem na vida.
- E não deve mesmo, até na barriga em que estava não deveria ser um bom lugar.
- É verdade ! – Ela fez careta. – Mas agora vai ser diferente, meu amor. – Se abaixou e beijou sua cabecinha.
Dali em diante agora era lutar pela guarda da menina, confesso que também já estava me encantando por ela, não era difícil mesmo. No outro dia já resolveríamos tudo, e tenho certeza que conseguiríamos a guarda da menina.
Me xinguei mentalmente por ter sido tão egoísta no começo e não ter enxergado a alegria que Daniela sentia.
No outro dia de manhã, já acordamos com uma surpresa, uma mulher estava na sala sentada, com meus pais, empresário e assessora. Eu desci as escadas com Daniela, que tinha a bebê em seus braços, nos aproximamos.
- Oi... – A cumprimentei com receio.
- Luan, essa é a assistente social e já estamos resolvendo o caso de vocês. – Ânderson, disse.
- Ah ! – Daniela também a cumprimentou e nós nos sentamos. – E o que já resolveram ?
- Então, seu Luan. Seu advogado já entrou com o pedido de guarda, vocês vão ter que ir até a delegacia depor... – Ela começou.
- Mas não vão me expor, não é ?
- Claro que não.
- E depois?
- Depois eu vou levar a menina...
- Levar? Pra onde? – Daniela a interrompeu, envolvi minhas mãos em volta de sua cintura.
- Eu vou ter que levá-la, dona Daniela e quando vocês tiverem ganhado a guarda dela, podem a buscar.
- Não ! Como assim ? Eu não quero entregar ela, eu quero ficar com ela até a finalização do processo.
- São ordens.
- Eu não quero saber ! – Daniela se levantou e foi em direção a cozinha.
Olhei para todos ali, que se entreolhavam e respirei fundo, antes de me levantar e ir atrás dela.
*
Não estava acreditando que iria ter que ficar longe da pequena enquanto aquele maldito processo seria resolvido. Fui para a cozinha com ela, deveria estar com fome já, escutei passos atrás de mim.
- Dani ...
- Nem vem, Luan. Eu sei o que vai me dizer e eu não estou a fim de ouvir, eu não quero me separar dela. – Tentava abrir sua mamadeira.
Luan se aproximou e tirou da minha mão e depois colocou o leite.
- Nós vamos ficar com ela, meu amor. Mas só espera um pouquinho, isso é necessário. Você não quer as coisas do jeitinho certo ? – Assenti. – Então ... Para não corrermos o risco de perdê-la pra sempre. – Suspirei e olhei para o meu colo, aquela cozinha mamava, estava faminta.
- Você tem razão...Mas eu não queria me separar dela. – Voltei a olhar para Luan.
- Eu prometo pra você que vou fazer de tudo para que isso ande rápido. – Ele me abraçou de lado com jeito, quase chorei ali mas me segurei.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Capítulo 103


- Você quer ficar com ela ? Nossa !
- Quero ! Parece que ela nasceu de mim, entende? Já peguei amor a essa coisinha. – Sorri a olhando e quando olhei para Bruna, ela também sorria.
- O que o pi achou disso?
- Acho que ele não quer, mas tenho certeza que é só uma questão de tempo, ela precisa de nós. – Fiquei conversando com Bruna até a bebê dormir.
Logo depois descemos, falei com o pessoal que ainda estava com dor, mas que só fui comer algo e eles entenderam. Logo subi de volta e passei o dia admirando aquela bebê, que dormia em sono profundo.
- Daniela ? Minha mãe te mandou essa torta. – Luan entrou com um pedaço de doce na mão.
- Obrigada !
- Você fica aí admirando ela e vai pegar mais amor ainda.
- Impossível ! Já sinto como se fosse minha.
- Amor... – Ele se sentou ao meu lado – Você sabe que ela não é nossa, não podemos ficar com ela.
- Luan, me entenda por favor, você sempre me apoiou tanto para adotar...
- Foi e continuo, mas agora ? Agora que eu to atolado de coisas pra fazer ?
- Não tem problema.
- Tem sim, Daniela.
- É mais importante a sua carreira, o seu sucesso, a sua boa imagem, do que a minha felicidade e dessa bebê ?
- Claro que não, mas...
- É o que ta parecendo!
- Não é isso, amor. Até seria bom pra minha imagem, adotar uma criança. Mas eu não quero ... Não agora ! – Fiquei o olhando por um tempo.
- Outra coisa que eu quero te falar.
- O que ?
- Eu não quero adotar para todo mundo saber.
- Como assim?
- Quero ficar com ela sim, fazer certidão no nosso nome sim e tudo de acordo com a lei, mas não quero que ninguém, além de nós que já sabemos e o pessoal que estará envolvido nisso, claro, saibam.
- Está doida, Daniela ?
- Não, não estou.
- Parece ! O que tem o povo saber ? Não tem nada a ver, não é vergonha nenhuma e todo mundo faz isso.
- Eu sei e não disse que era vergonha, mas é uma coisa minha. Eu não quero e pronto !
- Meu Deus ...
- O que é, Luan ? Depois de velho o sucesso vai subir a sua cabeça assim ? Só pensa em você ? Pois quando a sua humildade voltar, me procure. – Levantei daquela cama e saí com raiva daquele quarto.


*
Depois de tudo que ouvi de Daniela eu pensei bem, pensei muito na verdade e resolvi uma coisa. Liguei para o meu empresário e minha assessora, logo depois, desci para onde todos estavam, antes de olhar aquele bebê ali, Bruna tinha me falado que era uma menina e realmente era linda, com razão Daniela se encantou com ela. Sorri.
Quando cheguei perto de todos, Daniela deu mais uma de suas desculpas e disse que sua “dor” tinha voltado, se afastou e subiu para o quarto comendo alguma coisa.
Assim que todos foram embora, me sentei na sala com meu pai e minha irmã, já era noite a campainha tocou.
- Nos chamou, Luan ? Aconteceu alguma coisa ? – Meu empresário entrou falando, cumprimentou a todos antes de se sentar ao meu lado.
- Aconteceu.
- E o que houve? – Dessa vez, Arleyde que falou.
- É o seguinte à história é longa, então eu vou resumir, beleza?
- Está bem. – Eles concordaram.
- A Daniela achou uma criança e quer ficar com ela.
- Hãn ? Acho que você resumiu demais. – Fiz careta, olhando para o Ânderson.
- Ela achou um bebê, recém nascido no local do show do DVD.
- Sério ? – Se espantaram, claro.
- É sério... E agora ela quer ficar com ele, quer adotar a menina.
- E você, o que pretende fazer?
- Eu não queria, logo agora ...
- Mas isso seria bom pra você. – Minha assessora dizia.
- E tem mais. – Fiz careta. – Ela quer adotar e não quer que ninguém saiba, além de nós e nem sabe que vocês estão aqui e sabem de tudo.
- Ela não quer, por que?
- Não sei, ela não quer.
- O que vai fazer, filho ? – Minha mãe me perguntava.
- O que eu vou fazer, mãe? Eu amo a Daniela e se essa é a felicidade dela, eu vou apoiar.
- Que ótimo ! Eu sinceramente adorei a menina e tenho certeza que ela ficará muito feliz mesmo, já que não pode ter mais filhos.
- Foi isso que me disse...
- Pode ter certeza, que você está fazendo a coisa certa. – Ela sorriu.
- Hãn...Falar em filho, cadê o Pedro?
- Está dormindo, acredita ? Dei banho nele e ele caiu na cama. – Minha irmã disse.