{Janeiro}
Já era começo do ano novo, que eu fiz questão de
passar naquele hospital com Daniela e ninguém quis questionar, vi os fogos ali
mesmo de seu quarto e pude jurar que a vi apertar minha mão e dar um leve
sorriso, mais Rober, Laura e minha mãe, diziam que era coisa da minha cabeça,
mas eu sabia que não.
Estava de férias dos shows e com isso, estava
passando mais tempo no Rio de Janeiro, falei para Laura que podia ir viajar com
seu namorado e minha irmã, também ia mais vezes para lá, me fazem companhia, já
que também estava de férias de sua faculdade.
Era um sábado e Bruna tinha ido buscar um lanche na cantina do hospital, para mim. Estava sentado em uma pequena poltrona que
ficava ao lado da cama de Daniela, o dia estava lindo e o sol iluminava um
pouco aquele quarto, o médico disse que era bom deixar entrar um pouco de ar
puro e luz natural, ali dentro. Estava com a cabeça baixa, quando tive a
impressão que alguma coisa se mexia, olhei para cima e a cabeça de Daniela,
tinha mudado de posição. Me levantei rápido e fiquei mais próximo dela.
- Amor? – Tive a necessidade de chamá-la, algo me
dizia que iria ouvir. – Está me ouvindo? – Olhei para sua mão e a entrelacei na
minha. – Daniela, se tiver me ouvindo aperta a minha mão. – Não demorou muito
para que eu sentisse um leve aperto no dedo.
Sorri involuntariamente, ela estava voltando, coisa
que eu nunca duvidei. Chamei o médico, que passava por ali, da porta.
*
Abri meus olhos, que pareciam que estavam fechados há
bastante tempo, apesar de não está entendendo nada, me sentia um pouco leve e
descansada, como se tivesse tirado um peso das costas. Ouvi Luan chamar por mim
e apertei sua mão quando pediu, logo o senti se afastar e com dificuldades conseguir
abrir os olhos, a claridade do quarto não estava ajudando.
Ouvi uma voz diferente se aproximar e parecia que
conversava com Luan, senti mãos sobre meu rosto e mãos, até que mais uma vez
tentei abrir os olhos.
- Daniela? Você acordou? – Luan falava aflito.
- Fique calmo, Luan. Feche as janelas para mim. –
Vi que aos poucos não estava mais tão claro o quarto e tentei abrir mais uma
vez os olhos, dessa vez com mais facilidade.
- Amor! – Meu namorado falava contente. As palavras
não saiam de minha boca e eu só conseguia o olhar. Fui me lembrando de tudo aos
poucos e quando me dei conta, já chorava ali, em silêncio. Luan percebeu e se
aproximou, me abraçou apertado e eu coloquei minhas mãos por cima das suas,
fechei os olhos e senti aquele abraço ótimo, que parecia que não sentia há
anos. Ouvi a porta se abrir e novamente olhei em direção dela.
- Luan, desculpa a de... – Bruna, entrou ali e
ficou nos olhando paralisada. – Hãn...Daniela? Como?
- Eu não disse que ela acordaria, que voltaria pra
mim. – Luan olhou para mim com o melhor sorriso que já tinha visto em sua face,
retribuí seu gesto e voltei o olhar para sua irmã, ainda sorrindo.
- Depois eu vou ai te dar um abraço. – Ela disse, o
médico ainda me examinava.
- E ai,
doutor? – Luan perguntou, ainda estava grudado em mim.
- Está tudo ótimo. Vou mandar fazer uns exames, mas
tenho quase certeza que já está boa.
- Eu também tenho. – Ele me olhou. O doutor saiu e
logo Bruna se aproximou, cumprindo sua frase. Me abraçou forte e mais uma vez
as lágrimas desceram pelo meu rosto.
- Não chora, Dani. Agora você está acordada e boa.
– Ela disse com sua voz meiga.
- Avisa a todos pra mim, Bruna? – Luan perguntou.
- Aviso sim, irmão. Vou ligar pra todo mundo. – Ela
deu uma risadinha e saiu correndo do quarto, com seu celular na mão.
- Está melhor? – Luan se virou para mim. Afirmei
com a cabeça e ele alisou meu rosto, com cuidado.
- Eu te amo! – Pela primeira vez, as palavras
conseguiram sair e não tinha coisa melhor para ser dita naquele momento.
- Eu também amo você, não sabe o quanto eu sofri
sem você. – Agora seus olhos que continham lágrimas, limpei uma que escapou com
as pontas dos dedos e estiquei meus braços para o abraçar.
Logo Bruna chegou falando que já tinha avisado para
todos, e seus pais, Rober e Laura, já estavam a caminho do hospital. Fiquei
feliz por aquilo, nunca tinha me sentido tão acolhida e amada. Comi uma sopa
que a enfermeira trouxe e tirou a sonda que estava em mim, um alívio, tirou o
soro também e disse que agora só tomaria os medicamentos, já que poderia a
começar a comer normalmente.
Laura logo chegou afobada e eu ri de seu jeito
atrapalhado, como sempre.
- Luan, não vai comer? – Bruna entrou no quarto.
- Hãn...Depois eu como.
- Come agora, você não come desde ontem.
- O que? Come, Luan. – Laura sorriu ao me ver
falar mesmo que baixinho.
- Depois, amor, come você aí. – Ainda estava com a
bandeja em meu colo.
- Come, por favor!
- O suco não estava pronto, mas agora está. Vamos
até lá. – Sua irmã insistiu.
- Vai lá! Por favor, amor. – Ele me olhou e sorriu,
beijou minha testa antes de sair.
Fiquei conversando com Laura e Rober, que me
contaram da viagem que tinham feito e me faziam ri a maioria das vezes. Me
contaram também, o quanto Luan foi dedicado comigo, indo quase sempre ao
hospital e quando ainda não deixavam dormir no quarto, dormia na sala de
espera. Ele era realmente perfeito.
- Achei tão lindo, quando ele me disse que se
sentia responsável por você. Que se sentia seu pai, sua mãe e tudo. A mãe dele
me falou que ele disse isso também, quando passamos em sua casa no Natal. –
Laura me contava.
- Ele é um lindo, eu amo ele mais que tudo! –
Sorri.
- Vocês são realmente apaixonados e se merecem,
amiga.
- Ele nem queria fazer os shows.
- Me lembre de brigar com ele por isso. – Rimos.
- Eu disse isso uma vez, pra ele. Que você brigaria
quando ficasse sabendo.
- Mas ...Vocês falaram em Natal, fiquei aqui por
quanto tempo? – Só então parei para pensar.
- Então...
- O que foi, amor? – Luan entrou no quarto.
- Queria saber por quanto tempo estou aqui. – Ele
respirou fundo.
- Dois meses, de puro sofrimento sem você. – Não sei se ficava triste, por ter perdido dois meses de vida, ou se sorria por sua frase.
- Eu te amo, sabia?
- Sabia. – Ele se gabou e se aproximou, selando
nossos lábios. – Também te amo.
- Estamos aqui, casal. – Rimos com a fala de Rober.
A enfermeira entrou no quarto, informando que tinha
mais visitas para mim, mais que já estava acabando o horário e só Luan, que era
meu acompanhante, poderia ficar.
Sorri quando vi os meus sogros entrando, me
abraçaram como uma mãe e um pai, conversamos bastante e eles me contavam como
Luan tinha ficado também. Luan ficava sem graça e às vezes, pedia para que
parassem, nos fazendo ri.
- Doutor, ela pode se levantar? – Ele perguntava
para o médico, que tinha acabado de entrar para me examinar pela última vez no
dia.
- Pode sim, só cuidado para não ficar tonta. Amanhã
vamos fazer os exames, mas como eu já disse, creio que está tudo certo. – Ele
sorriu, terminando de ver a minha pressão. – Ah! Suas coisas que estavam no
carro, estão ai, Daniela.
- Restou alguma coisa? – Fiz careta.
- Sua bolsa, está inteira. – Assenti e ele saiu do
quarto.
- Mas...Você sabe o que houve, minha filha? –
Marizete me perguntava.
- Não me lembro bem, mas...Acho que o freio falhou.
Lembra quando eu te liguei um dia e disse que precisava levar o carro para
revisão? – Me virei para Luan.
- Lembro.
- Então, eu me esqueci disso.
- Não pode, amor! Vou ficar no seu pé agora. – Ele
falava mandão, parecia meu pai.
- Mais? – O pessoal riu e Luan fez bico, chamei ele
com as mãos e o abracei pelo pescoço, dando um longo selinho em seus lábios.
- Agora, é sério! – Ele me olhou e eu prestei a
atenção no que falava. – Vamos ali comigo.
- Ali onde? – Perguntei totalmente desentendida.
- Ali na janela, é rápido. – Ele tirou o celular do
bolso e pareceu digitar uma curta mensagem, bem rápido.
Me levantei com cuidado e me apoiei nele, fiquei um
pouco tonta, mais logo passou. Fui escorada em Luan até a janela, ele mandou eu
olhar para o céu e assim que fiz. Arregalei os olhos quando vi que balões
coloridos subiam, já sorria.
- Presta a atenção. – Luan ainda falava.
Voltei a olhar com atenção para janela e vi umas
letras gigantes coladas nos balões. Fixei meus olhos lá e coloquei a mão na
boca, quando vi a frase que se formava. Luan me abraçou de lado e eu escorei
minha cabeça em seu ombro.
- Quer casar comigo? – Ele sussurrou em meu ouvido.
Voltei a olhá-lo sorrindo, as lágrimas já desciam.
meeeeeu deus que lindo *--*
ResponderExcluir@OrgulhoLuanR_
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa que lindooooooooooooooooooooooooooo coninuaaa
ResponderExcluirPostaa mais um hj, antes vc postava 2 =/
ResponderExcluirIsso diminui minha anciedade kkkkk
@HellenAraujooh
Queee lindo,ai que bom que ela acordou e o Luan pediu ela e casamento! Ameeei *-*
ResponderExcluiraaaa nao creioooo alem de acorda o pedido morri aki heloisa
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