terça-feira, 5 de novembro de 2013

Capítulo 39


{Janeiro}

Já era começo do ano novo, que eu fiz questão de passar naquele hospital com Daniela e ninguém quis questionar, vi os fogos ali mesmo de seu quarto e pude jurar que a vi apertar minha mão e dar um leve sorriso, mais Rober, Laura e minha mãe, diziam que era coisa da minha cabeça, mas eu sabia que não.
Estava de férias dos shows e com isso, estava passando mais tempo no Rio de Janeiro, falei para Laura que podia ir viajar com seu namorado e minha irmã, também ia mais vezes para lá, me fazem companhia, já que também estava de férias de sua faculdade.
Era um sábado e Bruna tinha ido buscar um lanche na cantina do hospital, para mim. Estava sentado em uma pequena poltrona que ficava ao lado da cama de Daniela, o dia estava lindo e o sol iluminava um pouco aquele quarto, o médico disse que era bom deixar entrar um pouco de ar puro e luz natural, ali dentro. Estava com a cabeça baixa, quando tive a impressão que alguma coisa se mexia, olhei para cima e a cabeça de Daniela, tinha mudado de posição. Me levantei rápido e fiquei mais próximo dela.
- Amor? – Tive a necessidade de chamá-la, algo me dizia que iria ouvir. – Está me ouvindo? – Olhei para sua mão e a entrelacei na minha. – Daniela, se tiver me ouvindo aperta a minha mão. – Não demorou muito para que eu sentisse um leve aperto no dedo.
Sorri involuntariamente, ela estava voltando, coisa que eu nunca duvidei. Chamei o médico, que passava por ali, da porta.

*
Abri meus olhos, que pareciam que estavam fechados há bastante tempo, apesar de não está entendendo nada, me sentia um pouco leve e descansada, como se tivesse tirado um peso das costas. Ouvi Luan chamar por mim e apertei sua mão quando pediu, logo o senti se afastar e com dificuldades conseguir abrir os olhos, a claridade do quarto não estava ajudando.
Ouvi uma voz diferente se aproximar e parecia que conversava com Luan, senti mãos sobre meu rosto e mãos, até que mais uma vez tentei abrir os olhos.
- Daniela? Você acordou? – Luan falava aflito.
- Fique calmo, Luan. Feche as janelas para mim. – Vi que aos poucos não estava mais tão claro o quarto e tentei abrir mais uma vez os olhos, dessa vez com mais facilidade.
- Amor! – Meu namorado falava contente. As palavras não saiam de minha boca e eu só conseguia o olhar. Fui me lembrando de tudo aos poucos e quando me dei conta, já chorava ali, em silêncio. Luan percebeu e se aproximou, me abraçou apertado e eu coloquei minhas mãos por cima das suas, fechei os olhos e senti aquele abraço ótimo, que parecia que não sentia há anos. Ouvi a porta se abrir e novamente olhei em direção dela.
- Luan, desculpa a de... – Bruna, entrou ali e ficou nos olhando paralisada. – Hãn...Daniela? Como?
- Eu não disse que ela acordaria, que voltaria pra mim. – Luan olhou para mim com o melhor sorriso que já tinha visto em sua face, retribuí seu gesto e voltei o olhar para sua irmã, ainda sorrindo.
- Depois eu vou ai te dar um abraço. – Ela disse, o médico ainda me examinava.
-  E ai, doutor? – Luan perguntou, ainda estava grudado em mim.
- Está tudo ótimo. Vou mandar fazer uns exames, mas tenho quase certeza que já está boa.
- Eu também tenho. – Ele me olhou. O doutor saiu e logo Bruna se aproximou, cumprindo sua frase. Me abraçou forte e mais uma vez as lágrimas desceram pelo meu rosto.
- Não chora, Dani. Agora você está acordada e boa. – Ela disse com sua voz meiga.
- Avisa a todos pra mim, Bruna? – Luan perguntou.
- Aviso sim, irmão. Vou ligar pra todo mundo. – Ela deu uma risadinha e saiu correndo do quarto, com seu celular na mão.
- Está melhor? – Luan se virou para mim. Afirmei com a cabeça e ele alisou meu rosto, com cuidado.
- Eu te amo! – Pela primeira vez, as palavras conseguiram sair e não tinha coisa melhor para ser dita naquele momento.
- Eu também amo você, não sabe o quanto eu sofri sem você. – Agora seus olhos que continham lágrimas, limpei uma que escapou com as pontas dos dedos e estiquei meus braços para o abraçar.
Logo Bruna chegou falando que já tinha avisado para todos, e seus pais, Rober e Laura, já estavam a caminho do hospital. Fiquei feliz por aquilo, nunca tinha me sentido tão acolhida e amada. Comi uma sopa que a enfermeira trouxe e tirou a sonda que estava em mim, um alívio, tirou o soro também e disse que agora só tomaria os medicamentos, já que poderia a começar a comer normalmente.
Laura logo chegou afobada e eu ri de seu jeito atrapalhado, como sempre.
- Luan, não vai comer? – Bruna entrou no quarto.
- Hãn...Depois eu como.
- Come agora, você não come desde ontem.
- O que? Come, Luan. – Laura sorriu ao me ver falar mesmo que baixinho.
- Depois, amor, come você aí. – Ainda estava com a bandeja em meu colo.
- Come, por favor!
- O suco não estava pronto, mas agora está. Vamos até lá. – Sua irmã insistiu.
- Vai lá! Por favor, amor. – Ele me olhou e sorriu, beijou minha testa antes de sair.
Fiquei conversando com Laura e Rober, que me contaram da viagem que tinham feito e me faziam ri a maioria das vezes. Me contaram também, o quanto Luan foi dedicado comigo, indo quase sempre ao hospital e quando ainda não deixavam dormir no quarto, dormia na sala de espera. Ele era realmente perfeito.
- Achei tão lindo, quando ele me disse que se sentia responsável por você. Que se sentia seu pai, sua mãe e tudo. A mãe dele me falou que ele disse isso também, quando passamos em sua casa no Natal. – Laura me contava.
- Ele é um lindo, eu amo ele mais que tudo! – Sorri.
- Vocês são realmente apaixonados e se merecem, amiga.
- Ele nem queria fazer os shows.
- Me lembre de brigar com ele por isso. – Rimos.
- Eu disse isso uma vez, pra ele. Que você brigaria quando ficasse sabendo.
- Mas ...Vocês falaram em Natal, fiquei aqui por quanto tempo? – Só então parei para pensar.
- Então...
- O que foi, amor? – Luan entrou no quarto.
- Queria saber por quanto tempo estou aqui. – Ele respirou fundo.
- Dois meses, de puro sofrimento sem você. – Não sei se ficava triste, por ter perdido dois meses de vida, ou se sorria por sua frase.
- Eu te amo, sabia?
- Sabia. – Ele se gabou e se aproximou, selando nossos lábios. – Também te amo.
- Estamos aqui, casal. – Rimos com a fala de Rober.
A enfermeira entrou no quarto, informando que tinha mais visitas para mim, mais que já estava acabando o horário e só Luan, que era meu acompanhante, poderia ficar.
Sorri quando vi os meus sogros entrando, me abraçaram como uma mãe e um pai, conversamos bastante e eles me contavam como Luan tinha ficado também. Luan ficava sem graça e às vezes, pedia para que parassem, nos fazendo ri.
- Doutor, ela pode se levantar? – Ele perguntava para o médico, que tinha acabado de entrar para me examinar pela última vez no dia.
- Pode sim, só cuidado para não ficar tonta. Amanhã vamos fazer os exames, mas como eu já disse, creio que está tudo certo. – Ele sorriu, terminando de ver a minha pressão. – Ah! Suas coisas que estavam no carro, estão ai, Daniela.
- Restou alguma coisa? – Fiz careta.
- Sua bolsa, está inteira. – Assenti e ele saiu do quarto.
- Mas...Você sabe o que houve, minha filha? – Marizete me perguntava.
- Não me lembro bem, mas...Acho que o freio falhou. Lembra quando eu te liguei um dia e disse que precisava levar o carro para revisão? – Me virei para Luan.
- Lembro.
- Então, eu me esqueci disso.
- Não pode, amor! Vou ficar no seu pé agora. – Ele falava mandão, parecia meu pai.
- Mais? – O pessoal riu e Luan fez bico, chamei ele com as mãos e o abracei pelo pescoço, dando um longo selinho em seus lábios.
- Agora, é sério! – Ele me olhou e eu prestei a atenção no que falava. – Vamos ali comigo.
- Ali onde? – Perguntei totalmente desentendida.
- Ali na janela, é rápido. – Ele tirou o celular do bolso e pareceu digitar uma curta mensagem, bem rápido.
Me levantei com cuidado e me apoiei nele, fiquei um pouco tonta, mais logo passou. Fui escorada em Luan até a janela, ele mandou eu olhar para o céu e assim que fiz. Arregalei os olhos quando vi que balões coloridos subiam, já sorria.
- Presta a atenção. – Luan ainda falava.
Voltei a olhar com atenção para janela e vi umas letras gigantes coladas nos balões. Fixei meus olhos lá e coloquei a mão na boca, quando vi a frase que se formava. Luan me abraçou de lado e eu escorei minha cabeça em seu ombro.
- Quer casar comigo? – Ele sussurrou em meu ouvido. Voltei a olhá-lo sorrindo, as lágrimas já desciam.

5 comentários:

  1. meeeeeu deus que lindo *--*
    @OrgulhoLuanR_

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  2. aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa que lindooooooooooooooooooooooooooo coninuaaa

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  3. Postaa mais um hj, antes vc postava 2 =/
    Isso diminui minha anciedade kkkkk
    @HellenAraujooh

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  4. Queee lindo,ai que bom que ela acordou e o Luan pediu ela e casamento! Ameeei *-*

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  5. aaaa nao creioooo alem de acorda o pedido morri aki heloisa

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