Capítulo 65

- Que isso, Vanessa! A moça está ótima, nem parece que teve bebê á pouco tempo. – Seu namorado, me defendeu.

- Só achei, Fábio. – Ela fez careta.

Luan mudou o assunto e depois de algum tempo, nos levantamos e fomos para fora, junto com todos.

A mulher dava em cima do Luan e de quase todos os homens dali, descaradamente e o coitado do Fábio, nem percebia, ou fingia.

Eu conversava com as meninas, mas minha atenção e meus olhos estavam nela, não estava gostando de seu jeito exibido e cínico de ser.

- O que foi, cunhada? – Bruna se afastou um pouco dos outros e me levou junto, Pedro estava com Ana, uma amiga dela.

- Não gostei dessa tal de Vanessa. – Fui sincera.

- De verdade? Nem eu.

- Você não conhecia ela?

- Não...Quer dizer, eu não me lembro. Mas minha mãe e o Luan, disseram que ela era nossa vizinha em Maringá.

- Ah! Ela é muito exibida.

- Demais, está dando em cima de todos os homens, até comprometidos e o pior, o doce de pessoa do Fábio, nem está percebendo.

- Nossa! Você também reparou?

- Se eu reparei? Todas as pessoas. – Fiz careta e voltamos para onde estávamos.

Conversamos mais um pouco com as mulheres, peguei Pedro para amamentar e me virei para entrar, quando vejo que os homens cantavam e tocavam. Luan estava sentado em um banco alto e Vanessa, quase sentava em seu colo, respirei fundo.

- Amor, vamos ali. – O chamei.

- A onde?

- Vamos ali, comigo. – Insisti.

- É melhor ir, Luan. Depois tem castigo se desobedecer. – Lucas zoou e eles riram, sentou no lugar do Luan e tomou a frente cantando.

Olhei para Bruna em minha frente, que fazia careta. Olhei para trás e vi que Vanessa fazia a mesma coisa com ele.

- Foi mal. – Sussurrei quando passei por ela.

- Pelo que? – Ela só mexeu a boca.

- Não me engana. – Gargalhei.

Andei mais rápido e acompanhei Luan, que já entrava na sala.

- O que houve, minha vida? – Me sentei ao seu lado.

- Nada, só queria vir amamentar o Pedro.

- E por que me chamou?

- Queria que viesse comigo. – Fiz bico e Luan riu.

- Fala a verdade, Daniela. – Bufei.

- Está bem, eu não gosto daquela Vanessa escorada em você. – Fiz voz de nojo no nome dela e ele gargalhou.

- Amor...

- Nem vem com “amor”, eu sei o que eu falo. Ela está dando em cima de todos aqui.

- Não exagera.

- Não, claro que não. Pergunta a sua irmã.

- Meu Deus, quanto tempo sem ataque de ciúmes.

- Não é ataque, Luan. Eu não fui com a cara dela, coitado do namorado.

- Por que? Eles são gente boa.

- Errado! ELE é gente boa. – Ele se aproximou e selou nossos lábios, enquanto ainda ria.

Luan subiu comigo para quarto, quando acabei, para colocar Pedro na cama, já tinha dormido.

Voltamos para junto de todos e dessa vez, eu quem não desgrudou dele um segundo, o que o fazia ri e me irritar.

Ficamos aquele dia todo assim, de madrugada, todos já estavam mortos e todos dormiram ali mesmo.

No outro dia, já amanheceram fazendo churrasco também, dessa vez era o Luan que fazia.

- Isso não vai prestar não, em. – Lucas zoava.

- Para com isso, Lucas. – Bati em seu braço e o pessoal riu.

Não fiquei tão grudada no Luan, mas também não tirava muito o olho dele, já que a mulher voltou e dessa vez sozinha, o que me preocupou.

Pedro estava enjoadinho e morto de sono, não queria ficar com ninguém. Subi para o quarto com ele e me deitei na cama, ao seu lado. Fiquei o fazendo carinho até que ele pegasse no sono, o que rendeu um bom tempo.

Desci quando consegui o fazer dormir e procurei Luan com os olhos, entrei de novo e fui até a cozinha beber água. Ele estava lá e rindo, conversava com a Vanessa, que estava bem próxima dele e acariciava seu rosto.

- Conseguiu fazer ele dormir? – Ele me perguntou, assim que me viu.

Apenas assenti com a cabeça e fui pegar a água, minha cara se fechou mais quando vi o sorrisinho cínico daquela mulher.

- Quero falar com você, vamos lá no quarto da Bruna. – Me escorei na mesa, em sua frente.

- No quarto da Bruna?

- O Pedro está dormindo no seu.

- Entendi. Depois eu volto, lindona. – Ele beijou seu rosto e segurou em minha cintura.

Me soltei dele quando saímos da cozinha, não queria fazer aquilo na frente dela.

- Posso saber o que foi isso? – Cruzei os braços e o encarei, assim que entramos.