Capítulo 54

- Estou preocupada, meu filho. O que foi? – Eles se sentavam no sofá.

-É...A gravidez da Daniela é de risco. Mas não se preocupem, que vai dar tudo certo.

- De risco? O que ela tem?

- Descolamento de placenta, existe muitas chances de perder o bebe. Mas o médico disse, que já é um bom sinal, ela ainda está com ele na barriga.

- Como descobriram?

- Fomos para o hospital com ela passando mal.

- Sério? – Minha irmã se assustou.

- É.

- Eu estou com medo, mas tendo fé ao mesmo tempo. – Falei, pela primeira vez.

- Que bom, minha filha. Vamos rezar por você e pelo bebê. – Sorri para ela.

- O médico disse hoje, que a partir dos cinco meses que complica mais as coisas. Estou com medo de perdê-lo, com esse tempo. Minha barriga já vai está grandinha, já me apeguei a ele.

- Não fica assim, nós estamos com você. E também já nos apegamos demais a ele, vai vim ao mundo com saúde para nós, você vai ver. – Sorri segurando minhas lágrimas, Luan mudou um pouco o rumo do assunto e quando vimos, já estávamos conversando sobre outra coisa.

Ele me conhecia bem e sabia que quando se tratava de uma coisa, não muito boa, eu não gostava de ficar tocando naquele assunto toda a vida.

Fomos embora, no final daquela tarde mesmo e confesso, que aquela pequena visita me fez muito bem. Chorei um pouco no banho, quando cheguei em casa, estava sentindo mais falta que nunca da minha mãe, que se estivesse ali iria me dar força, mas também não tinha o que reclamar dos pais do Luan, que estavam fazendo o papel de meus pais também, tentando me acalmar e cuidar de mim e do meu filho.

Dormi abraçada com o meu amor, que estava ali acariciando o meu rosto e me enchendo de beijos e carinhos, fiquei triste também só de pensar que já teria que ir viajar no outro dia, mas teria que me acostumar com sua rotina doida, que levava alegria para suas fãs, que sempre foram uns amores comigo.

{...}

Já estávamos em julho, no meu aniversário. Luan queria que fizesse uma grande festa e já estava até querendo alugar uma boate, mas eu não quis. Resolvi fazer diferente e chamar somente uns amigos íntimos nosso e sua família. Estava bem, trabalhando e nunca mais tinha me sentido tão mal, me dava um pouco de dor nas costas, o que o médico disse que era normal. Luan estava dobrando seus cuidados, me ligava sempre e pedia para Laura ir me olhar, sempre que desse, via sua preocupação estampada.

Fui acordada naquele dia, com café da manhã na cama e com direito, até de ter um buquê de rosas vermelhas, lindo.

- Tudo isso é pra mim? – Sorri me sentando, depois de dar um beijo em Luan. Estava viajando á uma semana.

- É sim, meu amor. Parabéns, minha vida! – Ele selou novamente meus lábios.

- Obrigado, anjo. Pensei que só viria à tarde.

- Claro que não, quero passar o dia todo grudado em você.

- (risos) Chiclete? – Fiz careta brincando e ele riu, assentindo.

- Carrapato. – Me abraçou de lado e me deitou na cama. Encheu meu rosto de beijos e carinhos, eu só sorria.

- Quero fazer aniversário todos os dias.

- Nem precisa, se quiser eu grudo sempre assim.

- É? – O olhei de lado e ele sorriu, assentindo. – Hum...Adorei! – Rimos e eu me virei para beijá-lo melhor.

Ficamos trocando carinhos e conversando sobre algumas coisas enquanto comíamos.

Liguei para meus amigos e Luan para os seus, no meio da tarde, marcando o jantar. Bruna, já estava quase chegando, no jatinho, seus pais não poderiam ir, mas depois prometi que iríamos para Londrina.

À noite, Bruna foi se arrumar e eu fui separar minha roupa, já que Luan estava no banho há quase uma hora.

- Amor, vai demorar? – Bati na porta.

- Está aberta. – Abri a porta e entrei no banheiro.

- Quero tomar banho, Luan. Vamos nos atrasar demais e a Bruna já está no outro banheiro.

- Pega minha toalha ali? – Peguei sua toalha e quando ia o entregar, senti me puxando com tudo para dentro do box.

- Não faz isso, amor. – Em vão, já estava lá dentro e o roupão, que eu estava, completamente encharcado, só o tirei e coloquei em um canto. – Seu chato! – Dei um tapa em seu braço e ele riu, me abraçando em seguida. Me beijou e tirou as poucas peças que restavam em meu corpo, apenas a lingerie. Nos amamos ali em baixo da água quente e com muita insistência, consegui que saísse primeiro que eu, já que estava me atrapalhando.

Me arrumei, assim que saí do banho e fui para frente do enorme espelho, tirar uma foto.

  

Pela primeira vez, depois que sofri o acidente, postei uma foto em minha rede social. As meninas ficaram eufóricas e me desejavam tudo de bom, cada comentário, era um mais lindo que o outro. Não me cansava de ler e se pudesse, ficaria ali lendo um por um.