Capítulo 67

Continuei ali, Pedro ainda dormia do meu lado. Já estava quase pegando no sono quando bateram na porta, Bruna e as meninas entraram fazendo farra no quarto, mas logo se calaram quando viram que Pedro dormia. Me trouxeram um pedaço de torta e eu agradeci, ficamos conversando por um tempo, vi que já tinham bebido um pouco.

- Vou lá, o Lucas está me esperando. – Bruna se levantou, depois de mexer no celular.

- Lucas? – Ri.

- É. – Ela revirou os olhos. – Vou cuidar do meu gato, porque as galinhas estão soltas. – Gargalhamos.

Acenou para nós e se foi, conversei mais um pouco com elas, que depois saíram, falando que também já iriam dormir.

Acordei no outro dia, e Luan ainda dormia, não o vi chegar na noite passada, com certeza deve ter ficado até muito tarde. Fui para cozinha com Pedro, que já estava com os olhinhos arregalados.

- Já, Dani? – Marizete, preparava o café.

- Já sim, dormi cedo.

- Eu vi, por que?

- Estava cansada. – Menti.

Me sentei a mesa e ela pegou Pedro dos meus braços, comecei a comer.

- Hoje vão acordar tarde. – Dizia ela.

- Também acho, só a senhora que acordou?

- Só. – Conversamos por mais algum tempo e depois de algum tempo, um tio de Luan e seu pai, desceram. Foram para a churrasqueira novamente e eu me deitei na rede, Pedro mamava.

Fiquei conversando com eles por horas, algumas tias de Luan, que estavam acordadas, ajudavam Marizete no almoço, que não quis minha ajuda.

Depois de horas, o pessoal começou a acordar e descer, ouvi a voz do Luan e da Bruna, logo depois ele apareceu com um copo de suco e comendo um pão.  Se sentou do meu lado na rede.

- Acordou á muito tempo?

- Muito, bem cedo.

- Até você já acordou, moleque. – Ele beijou rápido o rostinho do filho, que tinha sua cabecinha em meu peito e reclamou.

Estava falando com Luan, mas não dava muita confiança, para ele aprender a não ficar de conversa com essas mulheres.

Depois que almoçamos, continuamos ali e dessa vez ele não quis beber.

- Nem vou beber hoje.

- Por que?

- Ainda to de ressaca. – Ele fez careta e riu.

- Bebeu muito ontem?

- Só um pouco.

- Imagino.

- Eu to falando sério. – Ele se curvou e puxou meu rosto, selando meus lábios, deitou sua cabeça em meu ombro e sussurrou em meu ouvido. – Para com isso, eu me afastei dela ontem, pergunta a minha irmã.

- Não vou perguntar nada.

- Para com isso, amor. – O olhei por um tempo e desviei o olhar.

- Você é um chato, fica falando que vai me dar gelo e ainda por causa de vadia...

- (risos) Shiu, que palavra feia.

- Feio é você. – Ele fez cara de bravo e eu não agüente e ri. Não tinha como ficar séria com ele por perto.

Voltamos totalmente às boas, naquele dia a loira desbotada não foi e o ambiente ficou bem mais agradável.

À noite, resolvemos pular na piscina, eu fui á última, tive que colocar meu filho para dormir primeiro. Jogamos bola e depois faziam brincadeiras sem sentindo, pior que criança, queria beber alguma coisa, mas Luan não deixou, eu entendi, estava amamentado, tinha me esquecido. O pessoal subiu mais cedo, já que estavam mortos, ficando só eu e ele na piscina.

Começamos um beijo quente, ele me encostou na parede e eu passei os braços ao redor de seu pescoço, aprofundando o beijo.

- Hum...Eu não posso. – Tentei cortar o beijo, mais ele continuou a beijar meu pescoço.

- Só falta um mês, amor.

- Mesmo assim, não quero quebrar as regras do médico, vai que dá alguma coisa.

- É verdade. – Ele parou e me olhou. – Tudo bem, eu agüento mais um mês. – Mexeu em seus cabelos molhados.

- (risos) Agüenta sim, passa rápido. – Ele fez bico e eu mordi seus lábios. – Vamos subir?

- Estou cansado mesmo.

- Vamos?

- Vamos dar um tempo aqui, não estou em condições. – Ele olhou para baixo e eu acompanhei o seu olhar.

- (risos) É verdade. Que rápido.

- Com você é assim, meu amor. – Ele se aproximou para me beijar.

- Não! – Coloquei o dedo em sua boca e ele ergueu uma sobrancelha, me olhando. – Não vamos continuar isso, se não, você nunca vai sair daqui.

- Mês que vem, eu te pego de jeito. – Ri com a sua fala.

Continuamos conversando por um tempo ali, até ele ter “condições” de sair da piscina. Tomamos um banho juntos, apesar de tudo, ele se comportou. Dormimos abraçadinhos e bem grudados, Pedro dormiu a noite toda em seu berço e nem de madrugada acordou.

- Gostou do berço que o pai comprou, não é moleque? Dormiu a noite toda. – Acordei com Luan falando, abri meus olhos e vi que era com Pedro, que resmungava em seu colo.

- Já acordada, amor?

- Já sim. – Ele sorriu.

- Me da ele, deve está com fome. – O peguei e coloquei para mamar. – Onde você comprou esse berço? Agora que eu me toquei.

- (risos) Pedi para comprarem, quando o médico disse que ele poderia viajar.

- Entendi, pensa em tudo esse homem. – Luan riu e me deu um selinho. Estava com os cabelos bagunçados e a carinha amassada.

Passamos nosso último dia ali, nos despedimos de seus parentes de Campo Grande e voltamos para Londrina, com os outros. Ainda ficamos um tempo na casa de seus pais, comemos e depois seguimos para o aeroporto.