Capítulo 48

- Irmã da sua mãe. Márcia.

- Márcia? Me lembro da minha mãe falando de uma. – Estreitei os olhos.

- Po-Posso, te dar um abraço? – Sorri e vi que estava sendo sincera, em dizer que era da minha família. Abracei ela, que chorou no meu ombro. –Você está muito linda, te peguei no colo e gora está esse mulherão. – Ela riu.

- (risos) Obrigado, tia. Eu acho que já estou até me lembrando da senhora.

- Quase impossível, você tinha acabado de nascer.

- Entra. – Só então percebi que ainda estávamos em frente à porta do meu quarto. – Gente, esse minha tia. Irmã da minha mãe.

- Tudo bem, meninas? – Ela foi simpática com as duas. – Pensei que não me deixaria subir. – Comentou.

- Achei que fosse importante e acertei.

- A curiosidade bateu também. – Laura falou, nos fazendo rir. Ficamos conversando por um tempo, até que Bruna pula da cama.

- Gente, estamos atrasadas.

- Vão para onde?

- Salão, temos que nos arrumar. – Disse rindo. – Quer vim também?

- Obrigada, querida. Tenho que ir para casa, tenho um filho adolescente pra cuidar e uma filha de dois anos.

- Sério?

- Pois é. Você quer ter filhos?

- Pretendo. – Ri. – Que tal ela ser a dama de honra.

- Mas assim, em cima da hora? – Minha tia perguntava.

- É, vamos alugar um vestido correndo.

- Vamos implorar para alugar, você quis dizer, Daniela. – Bruna disse.

Saímos do quarto e eu deixei combinado com a minha tia que depois ela levaria, Letícia, sua filha, para o salão e iria se arrumar conosco.

Laura foi arrumar um vestido para ela, o meu, dela e de Bruna, já estavam ali. Compramos no Rio mesmo.

- Estou nervosa. – Ela falava, enquanto me maquiavam.

- (risos) Eu sei, cunhada ... Na verdade, já sabemos.

- Eu já disse isso muito? – Perguntei rindo.

- Umas vinte vezes, que eu contei. – O pessoal riu.

- Gente, consegui um vestido para a pequena, com muito custo. – Laura entrou.

- E aí?

- E aí, que eu quase me ajoelhei para mulher alugar um, que é para um casamento semana que vem.

- (risos) Não acredito. Não tinha outro pronto?

- Até tinha, mas aquele era mais bonito. – Nós rimos, só a Laura mesmo para fazer aquilo.

Bruna e ela, começaram a se arrumar também. Depois de pronta, só retocaram mais um pouco a minha maquiagem e o cabelo, que estava em um coque, minha priminha já tinha chegado e também estava muito linda, todos estavam encantados com ela. Bruna já tinha ido para a igreja, com minha tia.

- Está linda.

- Mesmo?

- Claro que sim! Que idéia, Daniela. – Minha amiga, arrumava meu vestido.

Entramos as três no carro, uma limousine, que eu achei desnecessário.

- A Bruna postou a foto da igreja, quer ver? – Laura, mexia em seu celular.

- Quero, quero, quero. – Peguei o celular de sua mão e ela riu, parecia criança querendo doce.

- Ah, ta muito linda.

- Eu ainda prefiro as flores vermelhas, mas está bonita mesmo. – Revirei os olhos.

- Laura, quando for no seu casamento, você compra flores vermelhas.

- Aí ! – Ela fez graça, colocando a mão no peito. 

Devolvi seu celular, que estava molhado por conta da minha mão que suava.