Capítulo 44

- Oi, cunhada. – Falava no telefone com Bruna, era noite e eu estava deitada na cama. Tinha acabado de chegar de mais um dia cansativo, no outro dia ela iria para minha casa.

- Está tudo certo?

- Só depende de você.

- Então fechou, vou amanhã à tarde e volto no domingo.

- Pode ser.

- Já marcaram a data?

- Não marcamos, mas Luan quer pra maio.

- Menos de dois meses.

- Pois é, eu achei em cima, mas sabe como ele é.

- Verdade. Já viu seu vestido?

- Já sim, mas amanhã vou experimentar de novo.

- Ótimo! Estou louca para ver. – Ela riu.

- (risos) É muito lindo! Você já viu o seu?

- Acredita que não? Dizem que aí tem os melhores.

- Também acho. Compra aqui, que tal já ver amanhã mesmo?

- Adorei, Dani! Vou falar com a minha mãe.

- Faz isso. Luan está por aí?

- Hãn...Luan?

- (risos) É Bruna, ele está de folga hoje. Vi na agenda e vou brigar com ele, por não ter me contado.

- A-Acho que foi de última hora.

- O que foi?

- Na-Nada.

- Você não sabe mentir.

- Eu sei.

- Então conta. – Ficamos um tempo em silêncio.

- Está bem...Luan saiu, pra tal despedida de solteiro. – Me sentei na cama rápido.

- O que? O Luan foi pra onde?

- Ele foi pra despedida de solteiro, fechou uma boate em São Paulo, onde foi o aniversário dele do ano passado. Acho que não estavam juntos ainda.

- É...Não estávamos. Ele me paga!

- Eu não queria causar brigas entre vocês, faltando pouco para o casamento.

- Não causou, ele que causou. Disse para não ir. – Eu já bufava de raiva.

- Desculpa, cunhada. Tenho que desligar, amanhã eu ainda estudo.

- Vai lá, Bru. Beijos. – Desliguei o celular e me deitei. Estava com raiva por ele ter escondido aquilo de mim, não tinha necessidades também de fazer uma despedida de solteiro. Conhecendo os amigos dele, não deveria está prestando aquilo.

*

Daniela não queria, mas eu estava muito animado para a minha despedida de solteiro, poxa, era a última vez que sairia sozinho, achei egoísta da parte dela. Por isso, decidi que não contaria minha próxima folga, marquei tudo com os meus amigos e o Rober, foi alugar a boate para mim, seria em São Paulo, não queria, mas tive que contar para minha mãe, que com certeza contaria para minha irmã e Bruna, contaria para Daniela. Já estava vendo a briga, mais por enquanto estava focando naquele local, que estava todo enfeitado.

- Nossa, eu nunca vi esse lugar assim.

- (risos) Está bonito, não é? Eles disseram que costumam enfeitar para festas particulares. – Rober estava do meu lado.

- Vamos aproveitar? – Um amigo meu, disse rindo.

Fomos para o centro do lugar e do nada, começou a tocar uma música dançante. Umas mulheres só de lingerie, dançavam em um ferro. Eram bem bonitas e sensuais, sorri assim como meus amigos, que babavam por elas.

Me chamaram no palco e de primeiro eu neguei, mas não teve jeito, me arrastaram até lá. Fiquei em pé mesmo e elas começaram a se esfregar em mim, olhei para eles fazendo caretas, enquanto riam da minha cara. Pediram para que eu passasse a mão nelas, sorri e levei na brincadeira, passei as mãos pelo corpo das duas que estavam ao meu lado, mordi os lábios brincando.

Curtimos ali até de manhã, voltamos para o hotel em uma van, rindo das coisas que aconteceram e da bronca que levaríamos de nossas mulheres.

Acordei no outro dia e fui direto para o banho, me troquei e fui para frente do espelho arrumar o cabelo.

- Olha isso. – Rober entrou no quarto com tudo.

- Que susto, boi. Vai matar sua mãe do coração.

- É sério, Luan. Olha isso. – Ele se aproximou com seu celular na mão.

- Como isso foi parar aí? – Arregalei os olhos. 
As fotos da noite passada estavam todas em um site de fofocas, inclusive a que eu passava as mãos nas meninas.

- Eu não sei, acordei com uma bronca do Ânderson no telefone.

- Cara, a Daniela vai me esfaquear.

- A Laura vai me levar pra forca. – Ficamos em silêncio por um tempo e depois nos olhamos, gargalhamos.

- É sério, quem foi o viado que mandou essas fotos para a Internet?

- Eu que vou saber? Vou perguntar pro meninos, mas acho que não foram eles. Eles também tem mulher.

- Então quem foi? Que raiva, cara! – Passei as mãos nos cabelos.

- Agora vamos agüentar. Ninguém mandou irmos. – Ele deu de ombros.

- Porque não é você que vai casar.

- (risos) Não mesmo. – Ele saiu do quarto rindo.

Terminei de me arrumar e desci para tomar café, no restaurante do hotel. Iria para Londrina e passaria a metade do resto da semana em casa.

- Ué, cadê a Bruna? – Perguntei enquanto comia. Já estava em casa e almoçava com os meus pais.

- Não sabe? Foi para a casa da Daniela, pensei que você também iria.