Capítulo 46

- Você é um grosso!

- Me desculpa, eu estou chateado com você ainda.

- E aquelas suas fotos?

- Eu não sei como vazou.

- E por que não me avisou que iria ter a tal despedida? – Ela colocava as mãos na cintura, me encantando cada vez mais.

- Me desculpa, iríamos brigar.

- Brigamos do mesmo jeito.

- Desculpa? Eu juro que não minto mais pra você.

- Já disse que não gosto de promessas.

- Então ta, mas me perdoa. Eu ainda estou com raiva de você. Não pode sair sozinha para boate e ficar até essa hora.

- E você? Seu machista!

- Não sou machista, mas homem sai sozinho mesmo.

- Que homem? Porque, meu que não vai ser. Se você está pensando que vai sair sozinho e me dar o bolo como ontem, está enganado. Entendeu Luan Santana? – Ela apontou seu dedo para mim e eu fiquei a olhando, estava linda daquele jeito. – Luan...Santana? Luan? – Acordei dos pensamentos e sorri de canto, Daniela não entendeu.

Puxei ela pela cintura e a beijei com toda a minha força, entrelacei meus dedos por baixo de seu cabelo e mordia seus lábios de uma forma quente. Fui andando com ela até o quarto e a joguei na cama, me deixando cair por cima dela. Desci meus beijos para o seu pescoço e dava mordidas ali também, abaixei a alça de sua camisola e beijei seu ombro, escutei seu suspiro e vi sua pele se arrepiar. Daniela me encarou e voltou a beijar meus lábios, passei minhas mãos por suas pernas e quando chegou na coxa, apertei. Fui subindo minhas mãos e levando sua camisola junto, ela levantou os braços quando já estava próximo ao pescoço e eu a tirei. Beijei sua barriga, primeiro de uma forma doce e calma, logo comecei a usar a língua, ela se encolheu e suas mãos foram acariciar o meu cabelo, subi para o seu colo e beijei por lá, logo depois desci mais um pouco chegando nos seios. Ela se virou na cama e tirou minha camisa e logo a cueca, que era a única peça que eu usava. Voltou a me beijar e passou suas pernas, uma de cada lado do meu corpo, coloquei seus pés em cima das minhas coxas e voltei a beijá-la, enquanto ela fazia movimentos em cima de mim, me excitando mais ainda.

Chegamos ao orgasmo e Dani, respirava ofegante do meu lado, ri de leve de tão cansada que estava.

*

- Cansou, meu amor?

- (risos) Um pouco.

- Ainda está brava?

- Não, né e você? Está chateado?

- E tem como ficar com você? – Rimos e ele voltou a acariciar os meus cabelos. - Estou doido para maio chegar logo.

- Eu também. Quero viver com você logo. – Sorri.

- Vamos morar aqui mesmo?

- Eu prefiro, mas se você...

- Então vamos, seu pedido é uma ordem. Ah! Já estava me esquecendo. – Luan se levantou da cama sem roupa e eu ri.  – Aqui. – Me entregou um papel e voltou a se ajeitar de baixo de mim.

- Luan! Você é doido?

- (risos) Claro que não, mas achei justo já que vou me mudar pra cá.

- Você já está bancando tudo.

- E o que tem? Sou quase seu marido.

- Eu não vou aceitar.

- Vai, ou a gente vai brigar.

- Brigar, brigar. Pra acabar dessa forma? – Revirei os olhos.

- (risos) Melhor ainda. – Ele riu e puxou meu queixo, para selar nossos lábios.

- Não sei o que eu faço com você. – Ainda estava segurando o papel, que Luan havia me entregado. Era um comprovante de pagamento daquele apartamento, estava quitado por ele, não queria isso, queria ter pagado.

- Faz assim, amor, quando a gente tiver nossos filhos você também pode pagar as coisas.

- Claro que sim, ou você acha que eu vou deixar você bancar tudo? Eu trabalho pra quê?

- (risos) Então está resolvido. Esse apartamento também é meu, meu amor. Estava pensando em chamar um arquiteto para fazer algumas coisas, o que acha?

- Faça o que quiser, você já pagou ele mesmo.

- (risos) Boba, você mora aqui primeiro. – Ele riu. – Sério, o que acha?

- Você que sabe, meu amor.

- Então eu chamo.

- Só não mexe nesse quarto? Eu amo aqui, desse jeitinho que está. – Fiz manhã e ele riu.

- Tudo bem, meu amor. Eu também gosto muito daqui, as lembranças são boas. – Bati em seu braço e ele gargalhou. – Agora é sério, eu gosto da decoração.

- Não gosta do resto?

- Gosto, mas quero mais coisas.

- E vai você gastar de novo.

- Vou mesmo, agora fica quietinha. – Ele me beijou e se deitou direito na cama.

Dormimos um de frente para o outro, na verdade, eu dormi primeiro, com ele acariciando o meu rosto com as pontas dos dedos, não tinha coisa melhor.