Capítulo 64

- Meu filho não usa isso. – Brinquei.

- Claro que usa, timão na veia.

- Credo, eu sou tricolor. – Ri da careta que ele fez.

- Paulista?

- Lógico que não, carioca.

- Menos mal.

Chegamos em Londrina e já perdi meu filho dos meus braços, depois dele passar nos braços de todos ali, seguimos para a chácara. Bruna foi em um carro comigo e Luan e seus pais em outro.

- Ele é tão lindo, parece comigo. – Ela disse rindo, acariciava a cabecinha do sobrinho.

- Parece nada, pi. – Luan estragou sua felicidade e ela fez bico. Gargalhei.

- (risos) Parece sim, ele parece com Luan e conseqüentemente com você. – Ela mostrou sua língua para ele, que viu pelo retrovisor e revirou os olhos.

- Parece mais com você, amor. – Fomos conversando sobre quem iria passar o carnaval conosco e o tempo passou rápido.

A casa já estava cheia quando chegamos, Bruna desceu com Pedro em seu colo e Luan pegou nossas malas. Cumprimentamos todos e ele já ficou conversando com alguns amigos e primos, fui para cozinha com a minha cunhada. Meu filho passou em vários braços mais uma vez.

- Só falta o Lucas. – Bruna dizia baixo.

- Que Lucas?

- Hãn...Eu disse Lucas?

- Disse. – Ri.

- Na-não, eu não quis dizer isso. – Ela se embolou.

- Sei. – Estreitei os olhos para ela, que riu sem graça.

Pedro chorou e eu subi para trocá-lo, com algumas primas de Bruna e ela também.

Ria delas, que conversavam sobre os namorados, enquanto o trocava.

- Ele parece tanto comigo. – Jéssica mudou o assunto, apontou para Pedro, que as observava.

- Coitada ... Parece comigo! – Bruna falou e assim todas entraram no meio. Eu apenas ria delas. – Olha a foto linda que eu tirei dele, cunhada. Posta! – Ela me entregou meu celular.

- Essa pode, não tirou do rosto.

- Não quer mostrar agora? – Camila perguntou.

- Não pretendo, ainda é muito novinho.

- Eu concordo com você. – Postei a foto em minha rede social e aproveitei para avisar a elas, que já tinha o pegado no hospital, mas com certeza já estavam sabendo pelas outras que estavam no aeroporto, as notícias entre elas, correm muito rápido.

- Vou descer, meninas. Vão ficar? – Peguei Pedro no colo.

- Vamos sim, Dani. Depois descemos.

- Então ta. – Desci e a casa estava mais silenciosa. Olhei para o Max, tio de Luan, que ia em direção a piscina com algumas cervejas na mão. Desci devagar e olhando para baixo, quando cheguei no último degrau, olhei para minha frente.

- Oi, amor. Estava procurando você! – Luan se levantou do sofá que estava e foi até mim.

- Estava trocando o Pedro. – Olhei para uma moça, que estava ao seu lado.

- Entendi. Vanessa, essa aqui é minha mulher. – Ele se virou para ela, que sorriu forçado para mim.

- Até que enfim te conheci, o Luan sempre fala de você.

- Prazer, Daniela. – Sorri.

- Prazer é meu, Vanessa. Esse é o seu filho, Luan? Muito bonito. – Ela já falava com ele.

- É sim, muito lindo ele mesmo. – Luan nos chamou para sentar no sofá, fui contrariada, mas não demonstrei.

Logo chegou um homem, bonito até, nos cumprimentou e selou seus lábios com a tal Vanessa, dei graças a Deus, não sei porque.

- Beleza, parceiro? Quanto tempo. – Ele falava com Luan e se sentou ao lado da mulher.

Era simpático e agradável, diferente dela, que eu não tinha ido com a cara.

- É verdade. E vocês? Quando casam?

- Nem sabemos ainda. – Ele respondeu rindo.

- Nem filhos, cara?

- Nem filhos, ainda está cedo. O de vocês é muito lindo.

- Obrigada! – Sorri sincera para ele.

- Você não teve gêmeos? – Vanessa disse do nada e eu fiquei sem entender.

- Não, por que?

- Ah! Está um pouco...Inchada né?! Pensei até que ainda estava grávida. – O clima ficou meio tenso.